então que eu retrocedi aos tempos da meninice , e estou ouvindo aquelas músicas & discos de vinil que nos embalavam quando a onda era cuba-libre. donna summer e travoltices e aquela areia quente que eu pisava na praia . sabe que era uma delícia botar os pés na areia fervendo. sentia que entrava num útero acolhedor. e aquela boate na Ilha Porchat nos embalava naquelas noitadas de uisque barato, cerveja, qualquer coisa prá embalhar aquele sonho tão doce e ao mesmo tempo assustador. e aquela maçã que eu dei prá começar a amar de verdade. e aquela primeira sensação que o mundo é legal prá caralho. mas pode ser difícil também, aquela foto que nos deixa com cara de espanto. bom, então aquela boate da ilha que tinha cheiro de mofo, aquele globo john travolta e eu rodopiando. Ah, fazia tão bem. Eram tempos aterradores, política e o escambau.
Todo mundo de saco cheio e cheio de militares e repressão. ao som da donna summer. pois é, donna summer que tinha uns arranjos sofisticados e arrojadérrimos para a época. E tinha rock'n'roll também . E nossa cabeça girava.

Ninguém aguentava mais tanto sufoco.
Será que tinha outro mundo ?
Ninguém tinha coragem de por o pé prá fora de casa.
A mochila ia até as praias do litoral norte para acampamentos movidos a maconha.
Até que um dia , todo mundo foi embora.



* o gozado é que eu chegava em casa , depois da balada na discoteca e caia no Jim.
Jim, aquele xamã californiano.





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| Por Prensada | sexta-feira, 22 de agosto de 2008 | 22:20.