Vou prá feira comprar uns verdes,vermelhos, amarelinhos e roxos.
Ver umas raízes, daquelas exuberantes: aipim, abóbora, beterraba e milho prá cozinhar.
Sem pressa, sem atropelo e com um som no mp3 prá relaxar. Feira da Roosevelt.
Beatles, Neil Young, Rolling Stones e Buddy Guy.
Comer pastel com caldo de cana.

Talharim fresco à bolonhesa ( com carne de primeira ) ;
salada completa e pudim de chocolate da mãe -
que já virou cidadã paulistana, yeah !
Já recebeu sua primeira correspondência no novo endereço.


Tchaus, foi um prazer ;o)


* Imagem via The Dame

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| Por Prensada | domingo, 31 de maio de 2009 | 10:36.





Jazz singer bárbara que eu conheci essa semana.
encantada com o nome dela e com a doçura da sua voz.
Ela faleceu aos 82 anos, em janeiro desse ano.

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| Por Prensada | sábado, 30 de maio de 2009 | 10:35.



* Clique prá visualizar.



Programa excelente prá hoje.
Todo mundo que gosta de livros e boas leituras já
sabe onde ir.

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| Por Prensada | | 10:07.
| Por Prensada | sexta-feira, 29 de maio de 2009 | 23:57.





Sem igreja , dízimo e velho testamento.
Fico só na adoração pagã aos deuses da fertilidade.
Comprei terra orgânica e botei umas folhinhas de pimenta
bem vermelhinhas para germinar.
Dois vasos de espera e elas estão tomando formas.
Sem igreja, dízimo e velho testamento.
Tudo vai se recriando e germinando ,
sem sufoco de exaltação aos santos do dia,
sem acaloradas discussões sobre a doença do consumo.
Sem pregação de fanáticos.

Já rasguei o velho testamento.
Chega de sacrifícios, mutilações e sangue fresco
nos templos de adoração.
O cordeiro de deus debandou do rebanho.
Está fazendo milagres gratuitos:
nascem pimentas, ervilhas e flores.
Multiplicam-se pães e peixes.
O cordeiro canta e dança muito bem.
Ervilhas, pimenta e plantas de caboclo.







* Imagem ( linda, adoro ervilha )
via cocoaloco

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| Por Prensada | | 23:40.





Não houve massacre na Bósnia entre 1992-1995, as milícias sérvias não massacraram 200 mil bósnios ( mulçumanos ). Num dia, numa vila obscura eles não trucidaram 8 mil bósnios. Mentira deslavada. Não houve massacre em Ruanda em 1994 também. Ninguém matava a golpes de machete os pobres tutsis. Guerra civil inventada para virar roteiro de filme.
Tudo foi invenção de jornalistas.

Na Armênia , durante a Primeira Guerra mundial , de 1915-1917 não houve nenhum tiro. Mentira cabeluda dos jornalistas europeus. Morreram 1,5 milhão de armênios. País dizimados e uma diáspora de armênios pelo planeta. Lorota de jornalistas que gostam de escrever inverdades. Até hoje a Turquia nega o massacre.
Os armênios tiveram que caminhar no deserto para lá morrerem. 2 milhões , dizem.

No Camboja, o Khmer Vermelho , liderado pelo general Pol Pot , não dizimou 1,7 milhões de pessoas. Todos eram contrários as práticas comunistas do líder. Mas é tudo balela, porque Pol Pot não matou ninguém. Manchetes sensacionalistas da época.
Também não houve perseguição nazista durante a Segunda Grande Guerra Mundial contra aos ciganos. Nem contra os judeus.
Chamava-se porajmos, os ciganos. Quando chegavam aos campos de concentração nem passavam pela seleção. Eram todos fuzilados. Faziam parte da escória da Europa, junto com os eslavos, homossexuais e deficientes físicos e com problemas mentais.
É claro , que tudo isso foi uma invencionice. Uma grande mentira. Ninguém foi assassinado ou fuzilado. Apenas passavam por testes científicos. Contribuíram para a medicina. Alguns ciganos, eram "costurados" como siameses pelos nazis, para ver o que acontecia.
Mas isso é conversa da oposição. De gente que não gosta de nazis.

Do Timor Leste também só falam mal. Quando a Indonésia ocupou de forma pacífica o Timor Leste de 1975 a 1999 não matou ninguém. Não usaram nalpam e nem envenenaram a água de consumo. Não mataram 20 mil pessoas e fuzilaram 400 estudantes em praça pública diante da Imprensa. Aliás, a imprensa inventou tudo isso.

No Vietnã, os americanos não enveneram a água e o solo dos vietcongues. Ninguém morreu. Não houve nenhum massacre, como aquele de My Lai. Peixe pequeno, morreram só 504 civis, mulheres e crianças. Morreram nada, é tudo mentira. Ninguém morreu na guerra do Vietnã.
E a lista segue com Iraque, Russia , Afeganistão, Paquistão, Egito ,metade dos países africanos em lutas tribais por armas, drogas e poder.
Serra Leoa, Uganda, Namibia , Burkina Fasso e Sudão.

Esqueci de muitas atrocidades inventadas pela mídia.
Minha cabeça não é mais a mesma.
Deu branco.
Ah, também não houve mensalão aqui no país da falcatrua.
É tudo conversa e invenção da revista Veja.
Ou da Folha ou do Estadão. Todos jornalistas de direita...rs.
Os jornalistas de esquerda juram que não houve
mensalão.
O Lula não sabe de nada, é um puro bem intencionado.
E o Zé Dirceu então ? Coitado, tão perseguido pela imprensa.
O nosso querido Rasputín.

É o que dá essa famigerada obrigação de votar.
Votamos na marra nesses trastes.
Jogue seu título fora, não vote nunca mais.



- Combinado a porcentagem ? Então é preciso grana na mão.
- Segue em frente e passa a mala de dólares e euros.
- Copiou ?






* Foto ( magnífica ) de Ameer Hanza, Kashmiri Boy

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| Por Prensada | | 22:38.







Falar de exame em hospital é cansar todo mundo. Tô cansada dessa trip hospital. Parece que é uma fase para dar um sentindo aquela palavra sanscrita que eu não me lembro mais. Estou há anos luz dessas coisas esotéricas. Acho que meu anjo torto tomou conta do meu ser. Ah, não tô reclamando não. Tá sendo uma fase intensa que eu não sei onde vai chegar. Mas vai.
Hoje sofri dor física. E estou amuada.
Amassaram meios seios de encontro a uma máquina moderna Rostron.
A porra é intimidante.
E quando desaba sobre sobre nossos pobres seios, comprime e machuca.
Estou amuada e dolorida. Não mereço que minha carne seja mais machucada do que já está.
Um horror que a enfermeira manipuladora de mamas faz com precisão de fotógrafo japonês.
Aquele metal gelado na sua pele e a carne prensada por uma máquina bruta.
Não dá prá relaxar num cubículo gelado - com ar condicionado alto -
Pare de respirar prá eu te mandar raios X. Semi-pelada. Lembrei daqueles filmes do campos de concentração. Auschwitz é aqui.

Depressão:
Voltar pra Maria Antonia e ficar entricheirada.
Choveu um bocado e pesado.
Quando saí daquele ambiente hospitalar,
vi um caminhão de lixo asseptico saindo do estacionamento.
Provavelmente, levava nossos pedaços e secreções alí.


*************************************************************************************

Não dá prá levar a sério a vida desse jeito.
Então, vou ficar quieta no meu canto,
tocar fogo no meu universo;
mandar andar quem não tem nada prá me dizer.
Pegar nos poetas e nos livros ;
ficar quieta no meu canto, dor nos peitos,
mimimi...

*************************************************************************************


E todo o céu carregado de São Paulo sob testemunha.
Pode vir chuva de novo.




* Imagem via La Coleccionista

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| Por Prensada | quinta-feira, 28 de maio de 2009 | 23:18.





Photolucida traz um ensaio fotográfico interessantíssimo sobre os museus russos.
Fotos premiadas em 2008. O fotógrafo é Andy Freeberg.
Fiquei de boca aberta com as senhoras que ficam nas galerias como seguranças.
Elas são, sem dúvida, mais interessantes que as obras que estão abrigadas por lá.
Um artista veria isso na hora, o fotógrafo percebeu.
Puta fotos bacanas.




Visite aqui.

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| Por Prensada | | 20:38.




I've been thinking too much about you
see the sunset with no sleep at all
constantly thinking about you
and I can't get throught this at all



I've been thinking too much about you
I've been staring at the floor
I've listened to all the tunes I love
but made me feel quite blue
...




* Trentemoller, Moan



Imagino a solidão e a tristeza de Laika no espaço.

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| Por Prensada | | 13:59.





Um dia
a gente ia ser homero
a obra nada menos que uma ilíada

depois
a barra pesando
dava pra ser aí um rimbaud
um ungaretti um fernando pessoa qualquer
um lorca um eluárd um ginsberg

por fim
acabamos o pequeno poeta de provincia
que sempre fomos
por trás de tantas máscaras
que o tempo tratou como as flores





* Imagem via sine-qua-non

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| Por Prensada | | 09:09.



De metrô, à pé e de busão.
Como faz falta uma rede eficiente de transporte na cidade.
Se a coisa funcionasse , ninguém me pegava em casa.
Eu viraria uma cigana velox,
turista prá sempre da mega-metrópole.
Tanta coisa legal prá ver aqui.
Livro do Pollock ( Tachen ) na bolsa, caderneta, canetas e celular.
Esqueci alguma coisa ?
Óculos escuros, fundamentais.
Escovar os dentes.
Grana prô café.

Acho que vou me inscrever prá um curso de desenho/pintura.
Quero me cobrir de tinta.
Acho que foi o Pollock que me ajudou nessa decisão.



* Imagem via sine-qua-non

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| Por Prensada | quarta-feira, 27 de maio de 2009 | 14:57.




















Não sei que título vão dar aqui no Brasil para o novo filme de Quentin Tarantino.
Trata-se de um filme de guerra: alemães , nazistas e judeus americanos. Como sempre.
Acho que virou uma indústria. Porém, não quero discutir isso.


* Quentin Tarantino com a atriz do filme, Diane Kruger.

As fotos de
Jean Baptiste Mondino, foram feitas para The New York Times Magazine.

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| Por Prensada | terça-feira, 26 de maio de 2009 | 21:56.





Nesse sítio, tempo de desocupar a casa, carregar peso e ficar com o braço capenga.
Nesse sítio, é tempo de jogar fora todos os potes gigantes, médios e pequeninos que minha mãe colecionou durante 57 anos. Porcelanas, bibelôs e faqueiros. Toalhas da ilha da Madeira.
Nesse sítio, é tempo de sentir dor nos ombros e nas espáduas, e não ter ninguém prá fazer uma massagem de uma hora inteira. Nesse sítio, é tempo de estrebuchar e ter ataques gratuitos. Nesse sítio, eu sento e penso que reino. Não apito nada , mas finjo de apito.
Nesse sítio tive nojo de abrir algumas gavetas úmidas. Pilhas de roupas fora de moda, bijouterias do tempo de Coco Chanel. Chapéus, casacos do tempo do onça e montes de trecos que eu não sei prá que servem.
Caixinhas sem nada dentro, um cronômetro de natação e um canivete tosco do meu pai.
Nesse sítio, encontrei bilhetes, santinhos da igreja católica e cadernos de orações. Tudo foi pro lixo, dei adeus com um suspiro de felicidade.
Nesse sítio, casa da infância, agora deteriorada, senti desilusão.

Nesse sítio, senti o cheiro do abandono, o amor desfeito e a estranheza.

Nesse sítio não reinava o amor.
Nenhuma pérola escondida ou brilhante.
Não tive surpresas, só asco.
E uma crise de choro no quintal.





* Imagem via Enigma-Astralis , Lake of Fools

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| Por Prensada | | 20:22.




Por que tanto xerox e papel caríssimo gasto à toa ?
Um calhamaço de processos para serem regularizados,
diz a mocinha com cara de secretária.
Três livros para copiar, o garotão tira da mochila.
Papéis, papéis, papéis que viram documentos.
O senhor chega com RG e CPF , cópia simples.
Árvores vão para o chão e nós deitamos carimbos nelas.
Carimbos, são uns cinco pelo menos no meu diploma.
No capricho, a moça bate na tinta e vai autenticando os papéis.
Assinaturas e a confirmação:
você é você.

Você podia ser Eu, Nós , Vós, Eles.
Mas Eles só ficam em faróis pedindo uma moeda
ou te rasgando o pescoço.
Mas Você é Você mesmo:
Inspirado no livro que tô lendo *
Ela suspira e carimba e Eu, que sou eu mesma,
morro de sono e tédio.


Porque não pedem um frasco de sangue no cartório,
prá encerrarem a conversa de uma forma dramática ?
Tenho veias boas.



* Adorável Criatura Frankenstein, Ademir Assunção


Imagem via YimmyYayo

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| Por Prensada | | 19:31.




Em geral
me sinto à vontade no ócio
leio Proust
adolesço eternamente
penteio nuvens





* Ledusha S.
Finesse & Fissura, 1984



* Foto: Robert Doisneau, La Peintre du Pont des Arts - 1953

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| Por Prensada | | 09:04.
| Por Prensada | segunda-feira, 25 de maio de 2009 | 17:14.




Acionar teletransporte.
Ah,ah,ah...prá Roma, per favore.

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| Por Prensada | | 16:26.



Apollo and Daphne, que viagem, hein...


Quem tem boca vai à Roma, li no manual.
Eu só olhei pela janela do banho aquele azul sem nuvens
e o avião prata brilhando
Pensava, debaixo da água quente em Bernini,
e na possibilidade de encontrá-lo.
Olhá-lo de perto e virar pedra.
Ficar estatelada no banco.
Seguranças por todo lado, museu é um saco.
Sem fôlego e bebendo uns goles de água.
Era assim que eu ia ficar.


O avião ia pro lado do Sul,
talvez Argentina.
Não ia atravessar o oceano Atlântico.
Contra-luz, a cem mil quilômetros por hora
ou duzentos mil , sei lá,
água do chuveiro quentérrimo,
e estou em Roma.
Espia aquela coluna de Bernini,
pega a mobylette
e segue pela Via Vittorio Emmanuele.
Bernini está em todo o lado; em cima e embaixo,
dentro de todas as igrejas e capelas.
Capelas em cada beco.
Bernini está bem vivo, lateja ereto
e mora em Roma.

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| Por Prensada | | 15:30.




Tengo miedo de verte
necesidad de verte
esperanza de verte
desazones de verte
tengo ganas de hallarte
preocupación de halllarte
certidumbre de hallarte
pobres dudas de hallarte
tengo urgencia de oírte
alegría de oírte
buena suerte de oírte
y temores de oírte
o sea
resumiendo
estou jodido
y radiante
quizá más lo primeiro
que no segundo
y también
viceversa


* Mario Benedetti, poeta uruguaio faleceu aos 88 anos.
Clica aí e veja mais sobre a sua longa tragetória na literatura.



Viceversa

Tenho medo de te ver
necessidade de te ver
esperança de te ver
pernas bambas de te ver
tenho vontade de te encontrar
preocupação de te encontrar
certeza de te encontrar
pobre dúvidas de te encontrar
tenho urgênica de te ouvir
alegria de te ouvir
boa sorte de te ouvir
e temores de te ouvir
ou seja
resumindo
estou fodido
e radiante
talvez mais o primeiro
do que o segundo
e também
viceversa.

Tradução: Leo Gonçalves




* Imagem via Lost and Found

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| Por Prensada | | 08:57.




* frase do poema da Hilda Hilst


* Wayne Thiebaud, apartment view - 1933

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| Por Prensada | sábado, 23 de maio de 2009 | 11:17.




Dá um clique prá ver o flyer de perto e ver o timaço.



Uma reunião de bambas dos blogs e da literatura,
numa coletânea pioneira.
Lançamento do livro dia 30 de maio, à tarde,
Livraria Martins Fontes,
da Av. Paulista.
Todo mundo vai, né ?


* Dá-lhe Laurinha, eh,eh,eh ! *

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| Por Prensada | | 09:50.




Sol ardido na janela, secura e vontade de tirar toda a roupa apesar do frio.
Suei a noite toda, com preguiça de removê-la.
No cinema, a calcinha molhou.
Aquela queda no precipício, paixão.
Paixão chinesa.
Lust, Caution termina numa cama desarrumada, o pesar do amor.
Sol ardido em São Paulo , sensação térmica de pré-deserto.
Uma jarra de água, café com aquelas notícias que te dão um nó na tripa.
Sol ardido na janela,rock pesado. Rock'n'Roll no chuveiro.
Lust, Caution termina com uma camêra numa cama desarrumada.
Tem gente que só se encontra viva na cama, entre corpos.
Fora desse ambiente, parece que tudo se esvai.


Hilda diz:

Antes que o mundo acabe, Túlio,
deita-te e prova
esse milagre do gosto
que se fez na minha boca
enquanto o mundo grita
belicoso.
E ao meu lado
te fazer árabe, me faço israelita.
E nos cobrimos de beijos
e de flores.

Antes que o mundo se acabe
antes que acabe em nós
nosso desejo.




*Hilda Hilst

Árias Pequenas. Para Bandolim
(Júbilo, Memória , Noviciado da Paixão
Ed. Globo
)


*Imagem via La Coleccionista

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| Por Prensada | | 09:11.




Dentro da baleia mora mestre Jonas,
desde que completou a maior idade.
A baleia é sua casa, sua cidade,
dentro dela guarda suas gavetas, seus ternos de linho.
E ele diz que se chama Jonas,
e ele diz que é um santo homem,
e ele diz que mora dentro da baleia por vontade própria,
e ele diz que está comprometido,
e ele diz que assinou papel,
que vai mantê-lo dentro da baleia
até o fim da vida,
até o fim da vida.

Dentro da baleia a vida é tão mais fácil
nada incomoda o silêncio e a paz de Jonas
quando o tempo é mal, a tempestade fica de fora,
a baleia é mais segura que um grande navio.
E ele diz que se chama Jonas,
e ele diz que é um santo homem,
e ele diz que mora na baleia por vontade própria,
e ele diz que está comprometido,
e ele diz que assinou papel,
que vai mantê-lo dentro da baleia
até o fim da vida,
até o fim da vida,
até subir pro céu.


* Mestre Jonas , letra e música: Sá, Rodrix e Guarabyra



Notícia muito chata essa: Zé Rodrix subiu pro céu muito cedo.

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| Por Prensada | sexta-feira, 22 de maio de 2009 | 08:32.




Tô afim.




* Imagem, Uruguay trip

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| Por Prensada | | 00:19.




* Self Portrait, Vincent Van Gogh




Para onde ele olhava enquanto se refletia no canvas ?
Para as pinceladas que parecem uma chuva sobre
sua imagem ? Aquele azul derrubado sobre seu
chapéu de feltro e seu casaco marrom esverdeado.
Distorção ou a nítida fotografia do artista apaixonado
por Gauguin. Paixão de porradas e navalhadas.

Cinza, verde, laranja, branco, marrom, ocre,
verde, azul cobalto.

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| Por Prensada | | 00:09.





Eu não me conformo.
Eu fico indignada de entrar naquela loja em frente do Teatro Muncipal e ela não ser o
Mappin.
Judeu filho na puta, pensei, descendo aquelas escadas. Gente saindo pelo ladrão com aquelas caras de fome. Os caras vendem de tudo lá: cachorro-quente, hamburger, pipoca e aqueles móveis feitos de papelão. Fim do mundo, o apocalipse está próximo. Eu sinto quando boto o pé naquela tranqueira de loja que caminhamos para o fundo do poço. Despenhadeiro moral, decadência e vil metal. Exploração desenfreada e aquela tv gigantesca com uma loira rebolando.
Vende.
Vende muito em 18 prestações. Se você for habituê da casa eles aumentam as parcelas.
Se chover em cima do armário ou da cômoda, os móveis derretem.Papelão.
Os vendedores grudam em você e não largam mais: só faltam vender a mãe judia.
A exploração do homem pelo homem é histórica.Paciência.
Não comprei nada.
Saí ilesa.
Vão se foder , como dizia a Irmã Dulce ou foi Madre Teresa ?
Gostei prá caramba daquele comentário...ah,ah,ah,ah. Amazing.

Saudades do
Mappin, da Grapette e da chegada do homem na Lua:
um passo gigantesco para a humanidade, que rendeu uma edição histórica da revista
Manchete.
Guardei até ontem o exemplar. Vimos pela tv o Neil Armstrong botar o pezão na Lua.
Saudades do Fino da Bossa na TV e da meu toca-discos Technics.
Saudades da música popular brasileira.

( Ainda bem que começa a estourar algumas coisas legais, cantores e músicos novos é só garimpar.)

Saudades do Pasquim. E do Vinicius de Moraes.


Esse lugar onde os serralheiros prosperam,
é uma imensa Casas Bahia.





Cara: o que adiantou botar o pé na Lua e
sair por aí de chip novo, rigtones e o caralho à quatro ?

* Capa do disco do Jorge Ben , lançado pelo Pasquim,
que por sinal estou ouvindo.




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| Por Prensada | quinta-feira, 21 de maio de 2009 | 23:08.




Ontem assisti The Wrestler - O Lutador, filmaço do diretor Darren Aronofsky.
Melhor filme do Festival de Cannes do ano passado.

Mickey Rourke.

Merecia o Oscar , muito mais que Sean Penn do incensado Milk.
Fiquei espremida na cadeira, sentindo todas as dores do Randy.
Chorei junto com ele e morri também. Do coração.
Tanto sofrimento físico, tanta garra. Um campeão na falência.

Tem Marisa Tomei ( numa linda performance ) e Evan Rachel Wood ( que faz a filha de Randy ).
Trilha sonora anos 80: Gun'n'Roses , AC/DC e nos créditos finais Bruce Springsteen com a tocante The Wrestler.

O filme me deixou arrasada.
Fiquei com vontade de gritar na cena final.

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| Por Prensada | | 10:02.







No exame de sangue, a enfermeira que me atendeu me incentivou a doar sangue.
Ela chupou pela seringa aquele líquido vermelhão. Pensei no monte de micróbios
que tenho caminhando pelo meu corpo. Fazer o que ?
Ainda somos símios na civilização vulcaniana do Sr. Spok.

Você tem veias muito boas.
Não quer doar seu sangue ?
Nós temos um banco aqui no hospital.

Meu sangue é A -negativo,respondi.
Parece que é sangue bom prá doar.
Negativo.
Sei lá.
Não sou bióloga.
Ela riu, qualquer sangue é bom prá doar , garota.



Saí com vontade de doar todo o meu sangue,
despejá-lo em qualquer goela que precise.
É só me pagar uma cerveja depois
e somos amigos para sempre -
mas imploro uma conversa que saia fora do ar.
Dragões com línguas e labaredas ,
fagulhas de carvão espocando,
cabeça gigantesca e olhos
milagrosamente serenos.
Efeito dionisíaco.


Mais tarde, fiquei com fome e comi um pão de queijo com café quente
na cantina do hospital. Não é ruim, café honesto, xícara grandona.
Um monte de gente doente tomando uma bebida forte,
após uma série de sessões de tortura.
Todo mundo caindo aos pedaços.
Névoa com chuva de São Paulo,
E prá completar a paisagem, aqueles muro graffitados e
uma friagem muito próxima do inverno.

Quando cheguei em casa já havia um pouquinho sol.
Meio-dia quase.
E também vi um passarinho laranja na antena.
Laranja. Por aqui nunca vi dessa cor. Sempre aparecem
aqueles cor de burro quando foge. Cor de São Paulo.
Ficou um tempão pendurado na antena,
e eu alí espiando ele.
Vista belíssima pro estacionamento do Mackenzie.
Brochei. Passarinho voou. Cor de laranja. Foi se abrigar da chuva.
Começou a chover de novo.


"Veias boas prá doar sangue."
Estiquei o braço , virei o rosto pro lado - e ela sugou o meu halo.



* Boleta, graffitte ultra mega foda

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| Por Prensada | quarta-feira, 20 de maio de 2009 | 15:14.




Não precisa ser psicanalista badalado prá saber que o mundo virtual é bem real. Vivi isso na pele numa antiga relação via internet. Eu me apaixonei por alguém via web. E foi intenso e bacana. Por isso, há alguns dias venho martelando que quero me "apaixonar" de novo. Para comprovar minha tese mirabolante, dei de cara com um jornal velho da minha pilha monumental aqui do escritório. O psicanalista Contardo Calligaris, hiper procurado para entrevistas, palestras e que já caiu na boca do povo - deu uma entrevista afirmando que não vê distorção ou anormalidade nessas relações virtuais.
Para ele, amizades ou romances mantidos na web valem o mesmo que os mantidos fora dela.
Psicanalista, escritor, colunista do jornal Folha de SP e dramaturgo, Calligaris afirma que podemos viver na web como vivemos na vida real. E temos total liberdade de fantasiar e liberar
facetas que normalmente ficariam ocultas no mundo físico. Mesmo com essa conversa mole que se mente muito na relações virtuais, o psicanalista diz que na vida real também a mentira é bem comum.
"Quando se conhece alguém no mundo físico, é como um baile de máscaras. Você nunca sabe tudo. Mesmo fisicamente, as pessoas fazem cirurgias plásticas, rejuvenecimento,etc.

Concordo plenamente e fiquei com muita vontade de assistir o espetáculo assinado por ele. "O Homem da Tarja Preta ", no Teatro Eva Herzt, da Livraria Cultura. No texto, voltado para o mundo masculino, o personagem Ricardo assume o papel de travesti na web. Ele é casado , pai de dois filhos , mas passa as madrugadas trabalhando em seu escritório, onde se apresenta como um travesti em salas de chat. O autor quis mostrar que a web permite que as pessoas vivam fantasias reprimidas e também é uma forma de mostrar como a personalidade humana dos homens é muito complexa. Ser homem é bem complicado, todos tem um Lado B , assinala Contardo. Ele disse que o personagem foi inspirado nos seus milhares de pacientes em 35 anos de psicanálise.


* Em off: conheci uma mulher na web, bem masculinizada , e papo vem , papo vai ,
ela me dizia que sentia muito prazer em entrar em salas de bate-papo com gays, se passar por homem e trepava muito. Sentia todas as sensações físicas e gozava.



Tá bom prá você ?




Imagem via Judas Hardcore

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| Por Prensada | | 11:07.




Vou começar um curso para aprender a escrever.



A palestra de apresentação é hoje.
Prática de Criação Literária , da Unicsul-Labmind.
Tem alguns nomes
respeitados no mundo da literatura,
na suas mais variadas
vertentes:
Nelson de Oliveira, Marcelino Freire, Claudio Brites,
Paulo Ferraz , Marcelo Maluf , entre outros.



Feliz Ano Novo !





* Imagem via Like a Hurricane

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| Por Prensada | terça-feira, 19 de maio de 2009 | 12:43.





Bob Dylan diz assim nesse novo album,
I feel a change comin' on...



Tô com a mesma percepção que o bardo.




Imagem: capa no cd

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| Por Prensada | domingo, 17 de maio de 2009 | 23:28.




Quero começar um romance via internet.
Sem nome verdadeiro, informações e aqueles interrogatórios intermináveis.
Somente uma troca de bilhetes carinhosos, infindáveis , sensuais e até sexo virtual.
Por que acredito que o virtual é muito real.
É muito intenso e não causa alergia, amargura
ou aquela famosa dor no peito.


Tô cansada de gente de carne osso.

Quero silêncio, só o barulhinho do teclado , som baixinho,
cumplicidade e troca de palavras amorosas.
Quero receber bilhetes musicais que deixem meu dia legal.
Tipo: bom dia coisa linda, prá você eu dedico um som do Pat Metheny
e uma flor de ciclamen.Blá,blá,blá. Pode até mentir que eu gosto...eh,eh,eh.

Claro que eu gostaria que a criatura fosse inteligente & sensível,
mas aí já é pedir demais.



Quem acha que é maluquice tá muito enganado. Amor virtual é bacana.



* Imagem Lunatic Pill

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| Por Prensada | | 20:31.






De volta a SP, cansada prá caraleo: dolorida e stressada.



* Imagem sine qua non

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| Por Prensada | | 17:37.







Ladrão de bom gosto, eh,eh,eh.





* Tarcila do Amaral , Figura em azul

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| Por Prensada | quarta-feira, 13 de maio de 2009 | 12:37.


Vislumbres do alto,mas sem nenhum clichê.
Falta ar e quase um pânico, mas é legal prá cacete.
Achei que ia quebrar a cara na queda.
Porém, quando aterrisamos era terra muito fofa.
Vislumbres, sem para-quedas.















Valeu,moça
http://www.pattiezices.blogspot.com/







* Beatrix Kiddo, Kill Bill , Ulma Thurman





Ainda tô de férias, descer serra , subir serra, calor, chuvarada e etc. bye !


( caminhos da onça pintada, que em silêncio ,
andava por aqueles caminhos e seguia os tropeiros do ouro e da prata ).




* Imagens finegarten

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| Por Prensada | | 10:02.




O blog tá de férias até domingo.
Tô sem saco.

Tô meio emputecida , e se alguém me visse hoje levaria um susto:
estou parecida com o Wolverine em crise de fúria,
com as garras afiadas e pontudas,
pronta prá atacar e
arrancar uma cabeça fora.


Vou fazer coisas úteis prá mim, leituras atrasadas
e descer a serra prá resolver minhas coisas.
Desconectada do mundo...foda-se.


Não ganho um tostão com essa porra.
Bloguinho filho da puta.
Até logo, cuidem-se bem.



*Imagem ReelMovieNews

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| Por Prensada | segunda-feira, 11 de maio de 2009 | 21:49.
















* Imagem via don't touch my moleskine

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| Por Prensada | domingo, 10 de maio de 2009 | 23:13.




"Dor não tem nada a ver com amargura. Acho que tudo que acontece é feito pra gente aprender cada vez mais, é pra ensinar a gente a viver. Desdobrável.
Cada vez mais rica de humanidade.
"

Adélia Prado





"Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar: de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo."

Caio Fernando Abreu






*Recomendo prá completar a meditação umas empanadas de carne com muita pimenta do El Guatón,Pinheiros, com cerveja gelada.


* Imagem via robsonic

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| Por Prensada | sábado, 9 de maio de 2009 | 22:22.








A foto mais sensacional que eu vi sobre a cidade de Paris.
Paris é foda, amour toujours amour.



* Bat Designz

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| Por Prensada | sexta-feira, 8 de maio de 2009 | 23:31.





















Com essa frase começava uma programação noturna de músicas bacanas prá época. A garota caprichava no tom sensual. Pelo menos eu achava aquela locução sedutora.
Anos 70, uma barra . Aquela coisa de começar a fuzarca mas não se saber como. Os militares estavam saindo fora.
Inaugurei hoje a minha rádio Prensada informalmente e estou começando a ordenar os arquivos, um milhão de músicas empilhadas como containers que querem subir num navio e seguir viagem.
Os arquivos estão jogados em todos os cantos e tive a falta de noção que misturar as músicas nacionais com coletâneas de outros países. Então, já viu. Muito trabalho de garimpo e também de audição.
Não sei como vou organizar essa bagunça deliciosa.
Então, eu adio e fico ouvindo.
Agora mesmo, estou numa coleção
chamada Musica Para Bicicletas.
Queria que todos vocês ouvissem isso.
Mas não sei como.
É noite e tudo se sabe: fiz minha programação, a lua vai alta
e o licor rolou solto.



* Botei as capas dos cds prá dar aquela vontade de ouvir.

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| Por Prensada | | 23:07.
| Por Prensada | | 22:49.



Passe longe dessa roubada.

O melhor café do mundo é o meu,
feito naquela cafeteira italiana velhusca.


ahahahaha...





* Imagem, foto de autor desconhecido

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| Por Prensada | quinta-feira, 7 de maio de 2009 | 21:39.


Viva Deus na alturas e o garoto desenhando uma mulher nua no museu.
Temos salvação apesar de tanto desmando, socos e pontapés.
Sangue pelo canto da boca e gosto ruim para engolir.

Viva o casaco contra o vento frio da madrugada , o Steinhaeger com cerveja.
Viva eu e viva tú e viva o rabo do tatú.
Viva o anos 60. Viva !
Viva a mulher gordinha que gozava dentro do trem do metrô,
chupando de canudinho um copão de milk-shake com cookies e o escambau.
Viva a mulher e o gozo.
Viva as duas garotas de mãos dadas e bem juntinhas,
namoradinhas,
caminhando devagar pela rua da Consolação.

Viva o amor !
Viva o motoqueiro zunindo, que cumpre a sua obrigação e se fode debaixo do caminhão.
Viva uma calça jeans perdida junto a umas sandálias douradas caídas no chão:
noite de pegação debaixo do Minhocão.


Temos salvação apesar de tanto desmando, socos e pontapés.
Sangue pelo canto da boca e gosto ruim para engolir.




Por onde anda o novo Lampião ? Justiça para os homens de boa vontade.




* Imagem via I said shut up , Female Troube

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| Por Prensada | | 16:40.