Eu não me conformo.
Eu fico indignada de entrar naquela loja em frente do Teatro Muncipal e ela não ser o
Mappin.
Judeu filho na puta, pensei, descendo aquelas escadas. Gente saindo pelo ladrão com aquelas caras de fome. Os caras vendem de tudo lá: cachorro-quente, hamburger, pipoca e aqueles móveis feitos de papelão. Fim do mundo, o apocalipse está próximo. Eu sinto quando boto o pé naquela tranqueira de loja que caminhamos para o fundo do poço. Despenhadeiro moral, decadência e vil metal. Exploração desenfreada e aquela tv gigantesca com uma loira rebolando.
Vende.
Vende muito em 18 prestações. Se você for habituê da casa eles aumentam as parcelas.
Se chover em cima do armário ou da cômoda, os móveis derretem.Papelão.
Os vendedores grudam em você e não largam mais: só faltam vender a mãe judia.
A exploração do homem pelo homem é histórica.Paciência.
Não comprei nada.
Saí ilesa.
Vão se foder , como dizia a Irmã Dulce ou foi Madre Teresa ?
Gostei prá caramba daquele comentário...ah,ah,ah,ah. Amazing.

Saudades do
Mappin, da Grapette e da chegada do homem na Lua:
um passo gigantesco para a humanidade, que rendeu uma edição histórica da revista
Manchete.
Guardei até ontem o exemplar. Vimos pela tv o Neil Armstrong botar o pezão na Lua.
Saudades do Fino da Bossa na TV e da meu toca-discos Technics.
Saudades da música popular brasileira.

( Ainda bem que começa a estourar algumas coisas legais, cantores e músicos novos é só garimpar.)

Saudades do Pasquim. E do Vinicius de Moraes.


Esse lugar onde os serralheiros prosperam,
é uma imensa Casas Bahia.





Cara: o que adiantou botar o pé na Lua e
sair por aí de chip novo, rigtones e o caralho à quatro ?

* Capa do disco do Jorge Ben , lançado pelo Pasquim,
que por sinal estou ouvindo.




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| Por Prensada | quinta-feira, 21 de maio de 2009 | 23:08.