Não precisa ser psicanalista badalado prá saber que o mundo virtual é bem real. Vivi isso na pele numa antiga relação via internet. Eu me apaixonei por alguém via web. E foi intenso e bacana. Por isso, há alguns dias venho martelando que quero me "apaixonar" de novo. Para comprovar minha tese mirabolante, dei de cara com um jornal velho da minha pilha monumental aqui do escritório. O psicanalista Contardo Calligaris, hiper procurado para entrevistas, palestras e que já caiu na boca do povo - deu uma entrevista afirmando que não vê distorção ou anormalidade nessas relações virtuais.
Para ele, amizades ou romances mantidos na web valem o mesmo que os mantidos fora dela.
Psicanalista, escritor, colunista do jornal Folha de SP e dramaturgo, Calligaris afirma que podemos viver na web como vivemos na vida real. E temos total liberdade de fantasiar e liberar
facetas que normalmente ficariam ocultas no mundo físico. Mesmo com essa conversa mole que se mente muito na relações virtuais, o psicanalista diz que na vida real também a mentira é bem comum.
"Quando se conhece alguém no mundo físico, é como um baile de máscaras. Você nunca sabe tudo. Mesmo fisicamente, as pessoas fazem cirurgias plásticas, rejuvenecimento,etc.

Concordo plenamente e fiquei com muita vontade de assistir o espetáculo assinado por ele. "O Homem da Tarja Preta ", no Teatro Eva Herzt, da Livraria Cultura. No texto, voltado para o mundo masculino, o personagem Ricardo assume o papel de travesti na web. Ele é casado , pai de dois filhos , mas passa as madrugadas trabalhando em seu escritório, onde se apresenta como um travesti em salas de chat. O autor quis mostrar que a web permite que as pessoas vivam fantasias reprimidas e também é uma forma de mostrar como a personalidade humana dos homens é muito complexa. Ser homem é bem complicado, todos tem um Lado B , assinala Contardo. Ele disse que o personagem foi inspirado nos seus milhares de pacientes em 35 anos de psicanálise.


* Em off: conheci uma mulher na web, bem masculinizada , e papo vem , papo vai ,
ela me dizia que sentia muito prazer em entrar em salas de bate-papo com gays, se passar por homem e trepava muito. Sentia todas as sensações físicas e gozava.



Tá bom prá você ?




Imagem via Judas Hardcore

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| Por Prensada | quarta-feira, 20 de maio de 2009 | 11:07.