Pô,o assunto é economia. Aboliram qualquer conversa sobre outro tema.
Reparou que o caderno mais grossão dos jornais é sobre economia ?
A política foi abolida.Tem política,sim,mas é aquela ralé; com aquele bando de sujeitos aberrantes que brigam por um teco de poder. Política de quitanda.
Antigamente, resolviam no trabuco , hoje , usam a mídia para detonar o adversário.

A economia ocupa todos os noticiários. A política foi abolida mesmo.
Suspiro.

Tenho outros assuntos na pauta.
Não esquecer , por exemplo, de ouvir o cd do Moby, aquele que tem arranjos de orquestra e aqueles antigos do Neil Young.Sentir o cheiro do perfume recém-tirado da embalagem .Adoro cheirar perfume.E adoro um creme hidratante, daqueles com cheiro de não-sei-o-que-da-amazônia ( bem baratinhos ! ).
Sabe o que eu faço ? Na hora do banho esparramo o creme no corpo como de fosse sabonete.
É um delírio. Gosto prá caraleo.

Comprar algumas caixas e pastas para guardar papéis , cartões , programas de teatro e ingressos de cinema.
Acho que isso é um tipo de doença mental : querer arquivar tudo.

Não esquecer de adiantar aquele livro do húngaro que me provoca agonia e perplexidade.
E depois disso, abandonar qualquer tentativa de escrever.

Não esquecer Emily Dickinson e Milton Hatoum ( eu nunca li nada ).
E ainda tem outros autores que passam por meu olhar angustiado.
Ficam distribuídos em vários lugares e topo com eles em cada canto.

E ainda vou : na Pinacoteca do Estado e no Museu da Língua Portuguesa.
Beatriz Milhazes e Machado de Assis.


Não esquecer do vinho , copo e cinzeiro.




* o livro do húngaro é De Verdade, Cia da Letras, Sándor Márai.

* Jim Newberry , photo - ( Kevin Jr. , Chicago , 2006 )

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| Por Prensada | sexta-feira, 10 de outubro de 2008 | 12:29.