"Escrevo como vivo, como amo, destruindo-me. Suicido-me com palavras. Violento-me. Altero uma ordem, uma harmonia, uma paz que, mais do que a paz invocada como instrumento de opressão, mais do que a paz dos cemitérios , é a paz , a harmonia das repartições públicas, dos desfiles militares, da concórdia doméstica, das instituições de benemerência. Ao escrever, mato-me e mato.
A poesia é um acto de insubordinação a todos os níveis, desde o nível da linguagem como instrumento de comunicação até ao nível do conformismo, da conivência com a ordem, qualquer ordem estabelecida".



Ruy Belo, escritor português

* roubei esse fragmento daqui: Alberto Guzik



Portanto, poetas, subam ao céus ou desçam aos infernos - mas façam.
Matem ou morram.
Mas acertem a palavra.




* Imagem Lovelybones

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| Por Prensada | quarta-feira, 29 de julho de 2009 | 22:48.