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Vou pro mar, babe.
Hora de levantar a âncora e zarpar.
Você sabe que não consigo ficar muito tempo em terra.
Navegar, romper as ondas e desafiar a natureza.
Não sei quando volto, em que Lua
ou estação.
Ou se a embarcação vai se partir
em duas e naufragaremos em Gibraltar.
Não sei ficarei em outro porto com outra mulher,
porque nos paradores sempre caímos em cima do vinho
e das moças que circulam por lá. Bate uma precisão.
Desculpe,babe, sou franco.
Vivo bem assim. Acendo um charuto
e fumo tranquilo.

Parto para o outro lado do mundo -
e vou com teu belo rosto e todos os sentidos à flor da pele;
como se injetado com aquelas máquinas de tatuar
no meu braço.
E isso basta para dar a volta quatro vezes
no cabo Horn.



* Imagem photo by Jolby , Project Sea Legs

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| Por Prensada | terça-feira, 9 de março de 2010 | 16:58.