Uma xícara quente.
Uma mão gelada.
Um corpo que estremece.
Uma mão quente com uma xícara;
um jorro na torneira gelada e depois,
o conforto do agasalho.

Uma xícara quente,
para degelar os pensamentos da noite.
Uma alma quente que hiberna assustada.
Uma mão quente , casaco e de repente - a rua.
Condenada a caminhar em tempos de crueldade,
indiferença e loucura.
Metade da vida já passou e a alma permance gelada.


*Imagem via WithoutLight

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| Por Prensada | quinta-feira, 10 de junho de 2010 | 13:52.