Meu coração é velho, antiquado e careta.
Já viveu tanto como naquela canção dos anos setenta.
Aproveito esses dias, horas e minutos para fazer o que nunca fiz.
Viver comigo , muito perto de mim, coração.

Frio mesmo só chega pela noite, com a Consolação parada e aquela fila
imensa de ônibus cor de laranja.
Mesmo assim eu sempre agradeço,
por esse coração que gosta de guitarras e
ruas aflitas.
Músicas que não consigo deixar de amar.
O blues, o som e o vento - as palavras nunca são loucas
no máximo viram música.
Clareira em frente, no meio do trânsito. Sempre vejo isso.
O eixo que atravessa meu corpo.
Coração, coração, coração
e as nuvens que nunca param
por conta do vento.

Auto-de-fé.




* comprei dois livros fora de catálogo.
Boa economia aqui, dois livraços por 60 paus.
Feliz com Elias Canetti ( Auto-de-Fé ) , uma segunda edição da Editora Nova Fronteira, coleção Grandes Romances, tradução de Herbert Caro. Canetti, prêmio Nobel de Literatura de 81 ,
é um assombro. O outro livro , também mais complicado para encontrar é do J.D.Salinger. Nove Estorias, da Editora do Autor e estou uau com a suas primeiras páginas, onde encontrei um comentário sobre Salinger e o livro , letrinha miúda e caneta Bic. Tô encantada porque os comentários são bem feitos.
O antigo proprietário do livro do Salinger é um bom leitor.

E também tô bem chapadinha & som & serralheria. Obrigada a todos.
Vou comer um japinha, fome.

* Imagem via Minor Moons

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| Por Prensada | quinta-feira, 29 de julho de 2010 | 10:10.