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Anotações do caderno preto (continuação)
* Eu tenho uma fraqueza que me aniquila hoje. Acredito que seja a noite, a profundidade deste espaço vazio e da Lua desaparecida atrás da montanha. Depois de um copo de vinho barato, relaxo e o animal se aproxima e eu me aquieto. O animal caminha e ordena que eu caminhe junto e alívio - a Lua retorna. Na sua majestade , não sei se o animal ou a Lua afirmam que há pessoas que vêm do escuro para o escuro. Há pessoas que vêm do claro para o escuro. Há pessoas que vêm do claro para o claro. Música Indefinida.
* Eu mesma já me perdi na trilha diversas vezes. Nunca fui boa com direções e bússolas. Quando navegava, o astrolábio imantado por vezes indicava as regiões abissais quando procurava baías acolhedoras. Tento desenhar o rosto do animal e um mapa com direções no papel. Meu coração está palpitante e parece o centro de uma bomba de sangue, um tambor ritual. Céu claro construído pela mão da Música Indefinida.
O animal , o desenho, a lua, o vinho.
* Quando acordei, a janela estava aberta e a luz batia forte no assoalho encerado. Uma abelha voou para dentro do quarto. Despertei vivamente e recordei o sonho. O animal e o coração arrancado do peito. Matam-me de tempos em tempos e amanheço com novos vincos pelo rosto.
Abelhas por perto, movimento no jardim. Aroma de café.
* Imagem via Ocean City Girls
* Não estou conseguindo abrir as imagens aqui no Blogger.
Terei que chamar Richard Max prá me ajudar...ehehehe.
Caraleo, queria ser uma gênia da informática.
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