(...)

Viver o momento tremulamente sobre águas eternas.
Acordar para dias mais directos que os dias da Europa,
ver portos misteriosos sobre a solidão do mar,
Virar cabos longínquos para súbitas vastas paisagens
por inumeráveis encostas atônitas...
Ah, as praias longínquas, os cais vistos de longe,
e depois as praias próximas, os cais vistos de perto.
O mistério de cada ida e de cada chegada,
a dolorosa instabilidade e incompreensibilidade
deste impossível universo.

(...)

* Álvaro de Campos , trecho Ode Marítima



* Imagem via Pandora

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| Por Prensada | segunda-feira, 17 de janeiro de 2011 | 11:29.