Sentei, e pensei em derreter toda.
Situação dramática.
Apesar da tarde bonita e azul.
A cor azul , uma partícula microscópica foi colocada junto de mim.
O azul cabia no mini-vaso que vai vingar quando ficar mais frio, numa manhã de Junho.
A cor azul encheu as veias e quase morri,
porque não tô acostumada com droga tão pura.
Sentei à beira do caminho, bem longe da canção do Roberto -
Mais fodeção que cartas de amor.
Quis brotar em Tatouine, norte da África. Sou africana.
Parei de dar amor e fiquei branca. Ancestrais mouros/negros.
Dá prá chora com essa história caminhando pelo mapa da Itália,
caí em Lampedusa - zarpar para Zanzis. Não quero conquistar o Ocidente.
Posso morrer com dois ou três balaços logo que desembarcar no cais.
Revolução e tal.
E também posso apagar a luz, agora aqui -
Vila Buarque, sampavelox -
afastar o caderno vermelho e o lápis ;
e chorar no conforto da escuridão.
Ficou tudo vermelho. Azul ?
* Imagem via love your chaos
Tatouine, que nome bonitinho...
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