Ponzi scheme.
Pirâmides.
Ainda bem que não entendi até hoje como as pirâmides foram erguidas lá no deserto.
Mas tenho a impressão que a dor foi imensa.
Movimentar aquelas pedras milenares e erguê-las no ângulo e
simetria perfeitas deve ter sido obra de algum mago de chicote.
Engenheiro do diabo.
A magia das pedras que chegariam até o céu e desvendariam
as constelações ;
abrigariam a alma dos reis e rainhas,
larápios , sacerdotes e bajuladores.
Ponzi scheme.
Pirâmides. Ladrões de almas,
carregadores de ouro e sangue,
loucura de veneno certeiro.
Areia movediça , vento de açoite e o
rio dos reis fertilizava com sêmen e sacrifício,
o império das pirâmides.
O faraó não andava no piso do palácio,
caminhava altivo em cima de carne humana,
sangrando ao toque do deus feito homem.
Escravos africanos e filhos do Nilo se dobravam,
espelhos, jóias e escravos: era isso o que o Deus-Homem queria.
Nefertiti era seu lado feminino:
Mas não havia complacência e perdão.
Só ouro, loucura e rituais de sangue.
O verdadeiro problema não é alimentar Satanás.
Mas sim dar de comer a um dos seus filhos que vive em N.Y.
Morremos um pouco todos os dias
doando nossas vidas a esses faraós contemporâneos.
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Autor de fraudes de até US$ 65 bi deve esperar sentença dormindo em beliche
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No Centro de Correções de Manhattan, em Nova York, ele é o prisioneiro nº 61.727-054. Um dia após confessar uma das maiores fraudes financeiras da história, o ex-investidor Bernard Madoff, 70, acordou em uma cela de menos de 6 m2, com chão de linóleo e paredes de grossos blocos de cimento. Madoff deve dormir lá, sobre uma beliche, até que sua pena seja estabelecida, em audiência no dia 16 de junho.
Símbolo da "ambição desmesurada" de Wall Street -que, para muitos, é a responsável pela crise econômica global-, Madoff deve trocar o brunch dominical por mingau de aveia servido às 6h30. No almoço e no jantar, o cardápio costuma ter galinha assada e espaguete à bolonhesa, respectivamente. No lugar do golfe, o ex-investidor pode passar o tempo assistindo à TV na área de convivência, lendo na biblioteca da prisão ou jogando pingue-pongue.
O centro em que Madoff está abriga vários tipos de criminosos, e alguns dos famosos que passaram por lá recentemente são o terrorista Omar Abdel-Rahman e o financista fraudulento Raffaello Follieri.
Na última quinta, perante o tribunal, Madoff se declarou culpado em 11 acusações de fraude, lavagem de dinheiro e roubo e confirmou ter elaborado um esquema de pirâmide, hoje estimado em até US$ 65 bilhões, que causou perdas a quase 5.000 clientes. Na fraude, o dinheiro de novos investidores era usado para pagar aos mais antigos -os ganhos prometidos não existiam, de fato.
O financista estava em prisão domiciliar, em sua cobertura de US$ 7 milhões na ilha, desde 11 de dezembro. A punição máxima para cada um dos crimes admitidos soma 150 anos.
* Que apodreça nesse cubículo, aliás.
* Imagem na pedra de Akhenateter e Nefertiti, com seus filhos
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