( Para um sábado de chuva e para os dias seguintes ).

Um tapete de fina trama, vários beijos demorados
e desarmados.
Cem beijos de língua e depois despí-la sem dó.
Tirar a barriga da miséria. Prá brincar e rir com gosto.
Esquecer do mundo exterior e deletar todas a letrinhas
do teclado. Sair sem hora prá retornar dessa viagem.
Prendê-la nas minhas pernas
e arriscar aquele mergulho.
Não tenho medo de ondas e arrebentação;
sou uma boa nadadora.
Gosto do sabor da vagina aberta
e do desejo que cresce e vira um imenso
David.
Michelangelo surgiu não sei de onde nesse texto.
Talvez porque a escultura tem um falo.


Quero perder a cabeça em alguma coisa boa.A coisa boa é que quero que ela seja minha.









* Pintura Philip Pearlstein,
Lying on Rug

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| Por Prensada | sábado, 11 de julho de 2009 | 11:43.