Lá no tempo do Reino Médio,
muitas imagens e desenhos dos egípcios;
pequenos hipopótamos de faiança
de azul intenso de lápis lazzuri
brotavam dos
pântanos do Delta do Rio Nilo.
As esculturas surgiam e flutuavam
e quando se chocavam soavam como sinos,
faziam música espontânea.
Os pequenos hipopótamos boiávam em conjunto.
Na carcaça azul, pequenos desenhos de flores de lótus.


* O Hipopótamo tem, na minha teoria, contagem cromossômica poética:
dual , bipartido, gênero masculino , gênero feminino, tudo enfim

Benévola, coração descosturado,
atormentada com a sua força
e a sua fragilidade
Vive quebrando louças na cozinha,
ruminando gengibre e tomando café.

Quer berrar feito um louca na
hora do amor,
ver a kundalini subir.



* Fotografia, Metropolitan Museum



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| Por Prensada | segunda-feira, 26 de outubro de 2009 | 16:01.