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Ninguém vai impedir de saírmos as ruas.
Mesmo que as ruas sejam escuras, e a sensação de fim de mundo
e abandono torne-se mais e mais implacável.
Vamos pular os sacos de lixo e a imundice e conviver.
Vamos tapar o nariz , botar o pé na rua encontrar os nossos queridos;
trocar afagos, bebidas e fumaça.
Não vamos viver acuados por essa bandidagem loka.
Eu me recuso a ficar trancafiada em casa.
Ninguém vai me impedir de sair nas ruas.


Tá na hora de tiros nos políticos, governador e assessores de porra nenhuma.
Tá na hora de encher de bala esses deputados de merda.
Tá na hora de calar a boca do Lula e do Sarney.
Tá na hora de calar a boca do Kassab.
Tá na hora de rezar a Ave-Maria e sair procurando esses senadores canalhas.
Tá na hora de botar de joelhos essa raça, enfileirados no paredão:
reza prá morrer filho da puta.



Três tiros à queima-roupa no peito, uma puta violência escrota -
e o dramaturgo da Praça Roosevelt caiu.

Mario Bortolotto , Atire no Dramaturgo



* Imagem via Sakura no Monogatari

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