Do bloco de notas do café
Tudo que estou vivendo é estonteante.
Parece que vivo um episódio medieval.
Tudo é off, não posso revelar as fontes dessa Cruzada.
Dou mil giros em volta de mim mesmo e não acredito.
Anotei alguns rabiscos, desenhos bem toscos de espátulas,
cruzes e tentativas de rostos de cavalos. Terço de madeira,
bem pequeno, água benta e incensos forte de matar gente que tem bronquite.
Tento um poeminha sem graça
breve - tipo,
Pão de queijo e café,
livrinho de bolso.
Espuminha quente no lábio.
E de repente, já estou lá atrás no tempo,
na outra dimensão;
aquela que só sabemos quando estamos nela.
E fui para debaixo da terra,
lá prá baixo das minas -
e quem já andou
em grutas e cavernas sabe do que estou falando -
e estou numa luta singela
que percorre o desamor profundo
e vai até os píncaros do lufar
das asas do Anjo que chegou bem perto.
Um fogueira alta queima os restos dos despojos.
Guerra santa é só cortesia. A guerra sempre é vil.
Mil velas em intenção de quem merece.
* Imagem via Bear, Tarot - The Fool
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