O cais, a manhã , a maresia entram
por todos os poros
e entram juntos,
na composição da minha angústia.
Diário de bordo registra
retorno à Vida no Dia da Páscoa.
Não estou morto.
Estou no mar, navegando.
( * como eu queria um revisor prá blog...)
A vida pode ser sentida como uma náusea no estômago, a existência da própria alma como um incômodo dos músculos. A desolação do espírito, quando agudamente sentida, faz marés, de longe , no corpo , e dói por delegação. Estou consciente de mim em um dia, em que a dor de ser consciente é , como diz o poeta,
languidez, mareo
y angustioso afán.
Fernando Pessoa, Livro do Desassossego
* Imagem via Like a Hurricane
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