Dançar no passo da bailarina é deslizar na música.
Mesmo que não seja o melhor dia,
a melhor hora,
com todas essas sensibilidades abaladas.
O ar é uma espessa nuvem de poeira fina.
Tudo fica irrespirável e em dúvida.
Nem sei como consigo pensar.
As veias das têmporas latejam,
enquanto o sol de inverno rompe.
Toco de leve as teclas de marfim -
brancas e negras, delicadíssimas.
O som toma forma.
Pérolas aos porcos
e a grande música.
A bailarina no seu ato de amor pode ser tudo -
extrai do corpo o sumo e dança.
* Imagem via This isn't happiness
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