não quis sentir o calor do dia
estava sem saco prá luz.
muito louca:
beber um pouco de poesia.
[ como tudo muda no espaço físico,
quando começamos a falar poemas
os preferidos,
os mais amados ]
Estados alterados.
Dá impressão que não somos mais os mesmos.
Não sei o que acontece com o ar, com os ouvidos -
mas as palavras
caem como petardos, asteróides fumegantes ;
ou aquelas folhinhas verdes que despencam com qualquer vento.
Dá prá sentir a fêmea que deseja ser feliz numa noites dessas.
A fêmea de cabelos vermelhos, toda louquinha.
Poesia, porra -
vem logo !
dava tudo para começar a escrever de novo...
Saí pela noite agora, uma volta pelo quarteirão -
esticar as pernas,
olhar a noite Jobim,
fica dindi
tudo dindi
deixa dindi
* Imagem via National Geographic 1972 via Strange Eyes
Marcadores: Meu querido diário - Passeio muito longo por uma noite super boa