O poeta Drummond no poema das Sete Faces foi movido pela Lua , aquela lua que de repente a gente olha no céu e fica tonta. E além da lua, o poeta foi tocado pelo conhaque.
O poeta que anunciou em 1930 que ia ser gauche na vida.
E acredito que era um escandalo dizer isso naqueles grotões de Itabira do Mato Dentro. O poeta nasceu escondido e olhava com olhos baixos e profundos para o resto do mundo. As cidades e vilas tinham nomem curiosos ou religiosos.
Profundamente misere nobis, dominum vobiscum.

Serra do Espinhaço, Mantiqueira, Natércia, Heliodora e Varginha dos ETS.
O trem mineiro do Wagner Tiso e os jovens revolucionários do Clube de Esquina subiram nos palcos da vida.
Bandeirantes e exploradores cortaram as serras e caminhos e foram abrindo no braço vertentes para a vila de Paraty , Rio de Janeiro , Vila Rica ( Ouro Prêto ) e Diamantina ( o antigo Arraial de Tejuco ) .
Na placa na estrada há uma observação: Guimarães Rosa é dessa terra.
Só faltava essa prá virar paraíso. O chão mineiro é farto de palavras, de poemas que ficam entranhados nas montanhas e de repente afloram . Poemas e canções dos mineiros.

Caminhão abençoado em frente. Curva perigosa.
Vende-se boi, fubá mimoso e pão de linguiça.
Torresmo e pinga da roça do Sereno.





* Imagem via overflowing

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| Por Prensada | quinta-feira, 30 de abril de 2009 | 23:18.