Amo essa coisa de sarau. Subir num palquinho, botar óculos, microfone ou não ,
pegar umas poesias que você sempre gosta de reler e lançar no ar.
É claro que eu preciso beber um pouquinho prá me soltar.
Daí, mano, vou em frente.
A última reunião foi tensa.
Prometo que dá próxima estarei focada em Sarau.
Foco, foco na poesia.

Num sarau que se preze tem sempre CDA. Drummond.
Conheci o poeta mineiro ainda no colégio.
Peguei um livro de poemas emprestado de uma professora de Português
e dei de cara com o amor de uma forma tão simples e singela
que começou a doença CDA.

- Toma duas taças cheias de vinho ( se tiver muito calor, cerveja )
sobe no banquinho e fala aê:

(...) eu te amo porque te amo
eu te amo porque te amo
amor é estado de graça
e com amor não se paga.

amor é dado de graça,
é semado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
amor foge a dicionários
e a regulamentos vários

porque o amor não se troca,
não se conjuga
nem se ama.

porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

amor é primo da morte, e da morte vencedor,
por mais que o matem ( e matam )

a cada instante de amor.




* Imagem La Coleccionista

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| Por Prensada | quinta-feira, 7 de janeiro de 2010 | 16:41.