* clique
E nós aportamos num lugar nunca visto. De agradável paisagem, sem muito vento.
Muitos lugares já estavam mapeados por outros copistas e geografos de Sagres;
Uma baía muito segura , mas sem nenhum registro no pequeno livro do cartógrafo .
Mais um lugar intocado.
E o Capitão, fez o favor de pedir-me urgência nas preces
e no Sagrado Coração de Jesus.
Desembarquei as pressas , sem sandálias na areia refrescante
após as âncoras lançadas -
formou-se uma procissão gigantesca de botes - e era impressionante a visão da cena:
cem homens fardados na mais rigorosa moda européia, um tanto quanto amassados da longa jornada , esfomeados, tontos de calor. Secos por dento e por fora. Desesperados em busca de água boa para saciar a sede.
Fiz a pequena missa , e na liturgia da Consagração senti compaixão pelos marujos.
Ofereci de bom grado , pão sovado e vinho a todos. Muitos choravam e se prostavam ao solo.
A dor que dilacera o peito,
não sou digno que entreis na minha morada, ó Pai.
mas dizei uma palavra e serei salvo
Dediquei o dia da descoberta dessa pequena praia e de alguns montes mais para o lado do poente, a Santo Agostinho.
E agora tremula a bandeira da pátria e a Cruz do Cristo , fincada no pequeno monte um nome para as coisas que vieram mergulhadas no sem nome. Amém.
Depois me recolhi à bordo para rezar o terço em honra do santo do dia e o cartógrafo me acompanhou nas orações. Sentou numa pequena mesa , após as recitas -
esboçou um retrato do que ele observou na praia.
Gosto de vê-lo no desenho, sua dedicação e esmero.
Ele um dia, me presenteou com esboços de monstros do mar.
É a conversa mais reservada dentro da embarcação.
Todos sabem de alguma história mas ninguém fala abertamente das sereias e demônios marinhos.
Fiquei aterrorizado com seu desenho, mas guardei-o comigo. O cartógrafo sorriu, deliciado.
Muito educado, disse que não deveria ter medo dos monstros marinhos,
mas de coisas mais concretas como vagalhões gigantes e peixes com dentes afiados que cismam
em pular na embarcação.
É comum marujos perderem , mãos , braços e pernas.
Sim, não sabemos se voltaremos vivos para à terra-mãe,
mas a vontade de navegar é vida plena.
Muitos lugares já estavam mapeados por outros copistas e geografos de Sagres;
Uma baía muito segura , mas sem nenhum registro no pequeno livro do cartógrafo .
Mais um lugar intocado.
E o Capitão, fez o favor de pedir-me urgência nas preces
e no Sagrado Coração de Jesus.
Desembarquei as pressas , sem sandálias na areia refrescante
após as âncoras lançadas -
formou-se uma procissão gigantesca de botes - e era impressionante a visão da cena:
cem homens fardados na mais rigorosa moda européia, um tanto quanto amassados da longa jornada , esfomeados, tontos de calor. Secos por dento e por fora. Desesperados em busca de água boa para saciar a sede.
Fiz a pequena missa , e na liturgia da Consagração senti compaixão pelos marujos.
Ofereci de bom grado , pão sovado e vinho a todos. Muitos choravam e se prostavam ao solo.
A dor que dilacera o peito,
não sou digno que entreis na minha morada, ó Pai.
mas dizei uma palavra e serei salvo
Dediquei o dia da descoberta dessa pequena praia e de alguns montes mais para o lado do poente, a Santo Agostinho.
E agora tremula a bandeira da pátria e a Cruz do Cristo , fincada no pequeno monte um nome para as coisas que vieram mergulhadas no sem nome. Amém.
Depois me recolhi à bordo para rezar o terço em honra do santo do dia e o cartógrafo me acompanhou nas orações. Sentou numa pequena mesa , após as recitas -
esboçou um retrato do que ele observou na praia.
Gosto de vê-lo no desenho, sua dedicação e esmero.
Ele um dia, me presenteou com esboços de monstros do mar.
É a conversa mais reservada dentro da embarcação.
Todos sabem de alguma história mas ninguém fala abertamente das sereias e demônios marinhos.
Fiquei aterrorizado com seu desenho, mas guardei-o comigo. O cartógrafo sorriu, deliciado.
Muito educado, disse que não deveria ter medo dos monstros marinhos,
mas de coisas mais concretas como vagalhões gigantes e peixes com dentes afiados que cismam
em pular na embarcação.
É comum marujos perderem , mãos , braços e pernas.
Sim, não sabemos se voltaremos vivos para à terra-mãe,
mas a vontade de navegar é vida plena.
* Imagem Teatrum Orbis Terrarum 1570 , Marvelous Maps
via Dark Roasted Blend
***** vixe santa, baixou algum marujo fodão aqui -
não paro mais de pensar em navegação, oceanos e barcos.
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