A terra é minada e as explosões são possíveis. E quando eu vinha pela avenida entupida de carros, aquela fuligem que vai prá dentro da carcaça e você pira. Sim, respirar esse ar é como iniciar aulas de escrita japonesa. E um desafio viver aqui e desenhar as letras. Você tem que sair de casa disposta à paixão e desabar na armadilha do amor. Falam que é amor essa coisa de querer ficar perto e dentro. Bem submissa ou com vontades súbitas.
Cair na armadilha de querer se atirar no outro que te olha com interesse.
É bom ir pela manhã durante a semana, e caminhar devagar, navegar como se que tivesse no Mar do Japão.
É um bom lugar prá experimentar sua perícia em caminhar em terreno perigoso. De repente, você conhece aquela moça japonesa da aula e ela te leva prá beber sake e comer espagueti de japonês. Noitinha e frio no verão. Vontade de mergulhar naqueles cabelos negros.
Ela os usa naquele tradicional japanese style, aquelas presilhinhas e mochila.
Jeans e camiseta branca. Pulseiras e um bracelete. Tenis surrado e um Ipod, claro.
Tem uma puta tattoo no cóxix , entre outas desenhadas pelo corpo.
Uma serpente estilizada, na parte posterior de sua perna,
se retorcia, um trabalho lindo.

Sake, cervejas na madrugada
terra minada e um beijo que eu pedi, de repente.
A explosão daquelas lamparinas vermelhas, madrugada.
Um desenho da trepada com as letras g & f : gozo e feliz.



via overflowing

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| Por Prensada | quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009 | 23:38.