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A velha hippie-coruja gosta de dizer em voz alta
os versos de Anna Akhmátova no Sarau das Corujas.
Tem que estar bem firme no galho,
senão vou pro chão.


São muitas , seguramente, as coisas

que ainda querem ser cantadas por mim:

tudo o que mudo ressoa,

o que no escuro subterrâneo afia a pedra,

o que irrompe através da fumaça.

Ainda não ajustei contas com a chama,

nem com o vento e nem com a água...

É por isso que a minha sonolência

abre-me, de par em par, os portões

que levam à estrela da manhã.


* Imagem via Owl Feathers

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| Por Prensada | quinta-feira, 7 de janeiro de 2010 | 22:09.