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A velha hippie-coruja gosta de dizer em voz alta
os versos de Anna Akhmátova no Sarau das Corujas.
Tem que estar bem firme no galho,
senão vou pro chão.
São muitas , seguramente, as coisas
que ainda querem ser cantadas por mim:
tudo o que mudo ressoa,
o que no escuro subterrâneo afia a pedra,
o que irrompe através da fumaça.
Ainda não ajustei contas com a chama,
nem com o vento e nem com a água...
É por isso que a minha sonolência
abre-me, de par em par, os portões
que levam à estrela da manhã.
* Imagem via Owl Feathers
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