A cada dia que passa aumenta a dificuldade.
Sinto na pele, com essas andanças por aí,
como está complicado ter um lugar prá viver
e morar com dignidade.
Por isso, neste momento agradeço,
ter quatro paredes prá me abrigar.
Beijo todo dia esse lugar.
* Hoje é um grande dia, porque conheci Manuel Alegre.
"...Senhora da vida que passa e do sentido trágico
do rio das vogais Senhora da liturgia
sibilação das consoantes com seu absurdo mágico
de que não fica senão a breve música.
Senhora do poema e da oculta fórmula escrita
alquimia de sons Senhora do vento norte
que trazes a palavra nunca dita
Senhora da minha vida Senhora da minha morte. " (...)
* Senhora das Tempestades, Manuel Alegre, Lisboa, 1998
* Imagem Foto Constança Lucas
Marcadores: Meu querido diário - Em busca de um final feliz
| Por Prensada
| | 01:14.
I wasn't in love with her. And she didn't love me. For me the question of love was irrelevant. What I sought was the sense of being tossed about by some raging, savage force, in the midst of whisch lay something absolutely crucial. I had no idea what that was. But I wanted to thrust my hand right inside her body and touch it, whatever it was.
* Haruki Murakami, South of the Border, West of the Sun
* Imagem ilustração via Mister Owl
Marcadores: Meu querido diário - Dia estranhíssimo
* Imagem tipo hieróglifo... ahahahaha...via Old Chum
Marcadores: Meu querido diário - Tanta coisa prá fazer - Uma pirâmide prá ajustar
Quero foda murakami* , muito savage force.
Não quero escrever mais nada. Kamikazes.
Fim. Estou à sombra do lobo.
Equilibro nas patas gigantes e vou em frente.
Quero uma taça de vinho cheia.
Sem dor, em uma clareira. Tem sempre uma clareira,
na vida dos canis lupus.
Foda dos guerreiros.
* Haruki Murakami
* Imagem via As brave as Bear
Marcadores: Meu querido diário - Ler os clássicos produz isso - Maluca
| Por Prensada
| | 14:42.
Meu coração é velho, antiquado e careta.
Já viveu tanto como naquela canção dos anos setenta.
Aproveito esses dias, horas e minutos para fazer o que nunca fiz.
Viver comigo , muito perto de mim, coração.
Frio mesmo só chega pela noite, com a Consolação parada e aquela fila
imensa de ônibus cor de laranja.
Mesmo assim eu sempre agradeço,
por esse coração que gosta de guitarras e
ruas aflitas.
Músicas que não consigo deixar de amar.
O blues, o som e o vento - as palavras nunca são loucas
no máximo viram música.
Clareira em frente, no meio do trânsito. Sempre vejo isso.
O eixo que atravessa meu corpo.
Coração, coração, coração
e as nuvens que nunca param
por conta do vento.
Auto-de-fé.
* comprei dois livros fora de catálogo.
Boa economia aqui, dois livraços por 60 paus.
Feliz com Elias Canetti ( Auto-de-Fé ) , uma segunda edição da Editora Nova Fronteira, coleção Grandes Romances, tradução de Herbert Caro. Canetti, prêmio Nobel de Literatura de 81 ,
é um assombro. O outro livro , também mais complicado para encontrar é do J.D.Salinger. Nove Estorias, da Editora do Autor e estou uau com a suas primeiras páginas, onde encontrei um comentário sobre Salinger e o livro , letrinha miúda e caneta Bic. Tô encantada porque os comentários são bem feitos.
O antigo proprietário do livro do Salinger é um bom leitor.
E também tô bem chapadinha & som & serralheria. Obrigada a todos.
Vou comer um japinha, fome.
* Imagem via Minor Moons
Marcadores: Meu querido diário - Julho fodido e metálico - Coração rock'n' roll and blues
* Imagem foto Diana Davies * 1970 Washington DC
Marcadores: Meu querido diário - Do baú da velha hippie
| Por Prensada
| terça-feira, 27 de julho de 2010 | 22:40.
Quem arranca do peito seu coração para a noite, deseja a rosa.
Acendi uma vela prá ele hoje.
Santo Jim.
* Imagem via I say shut up * já postei essa imagem várias vezes * gosto prá caramba
Marcadores: Meu querido diário - Alguns tragos mais - Xamanismo
Ápice
Porque o amor transcedeu a ilusão amorosa, eu pude ver teu rosto: ele era a solidão de uma fogueira num descampado imenso e sem contorno. Ao testemunhar tua aparição, descobri que a proximidade , a mais intensa, se dá junto da distância mais distante.
* Juliano Garcia Pessanha
em Ignorância do sempre
* Imagem via Popture
Marcadores: Meu querido diário - Uns tragos a mais - Texto ducaraleo - Alta Literatura
Realmente não sei informar muito sobre ela.
Mas garanto que é como um bom filme,
se você gostar de cinema.
Somos íntimas na dor, isso é um fato.
Distância e intimidade, não sei bem o que é isso.
Ela não é um filme para grandes multidões.
Nada hollywodiano, mas tem aquele climão -
igual ao ritual das cortinas vermelhas
que se abrem devagar no cinema -
e você mergulha na fantasia*
Tomando um trago duplo aqui * right now *
( porque aconteceu um descompasso à tarde )
- saí fora da música total -
happy hour muito nublado
aqui no fim da rua da Consolação.
Sim: resumo e resmungo -
é lindo o resumo sobre ela,
A personagem que escrevo pode se situar em qualquer lugar,
nessa monumental pilha de palavras ,
e não falo nenhuma mentira.
Escrevo o que penso e o que salta aqui da ponta dos dedos.
A personagem pula sem cerimônia em cima de mim
feito um bicho, com vontade
que vou aos poucos me habituando
Um bicho peludo qualquer , urso branco, urso marrom, urso cinza,
coyote, lobo, veadinho e jaguar.
Vamos lá, alcool, please !
Escrever sobre um personagem e traçá-lo
com pele, sangue e movimento.
Não esquenta, filhotinho ;
é apenas o vento batendo , com um pouco de chuva miúda;
O vento frio passa no começo da noite,
nesse happy hour noturno
em que escrevo , grito e enlouqueço.
Tenho fé que em poucas Luas,
terei o personagem aqui comigo,
uma fêmea vai começar a falar.
* hoje tive um dia tipo Ulisses do Joyce,
Alla que me lóki
* Imagem via Sarah Shine
Marcadores: Meu querido diário e Ulisses - Uns tragos a mais - Xamanismo
Melhor coisa do mundo, sentir.
Tudo singelo, amizades
e muita música.
E a Lua Cheia muito clara em Aquário.
uh-uh, adoro Aquário.
* não tá sentindo nada aí ?
too bad...
choro por todos que não sentem
* Imagem * amo * via Observando * já postei aqui trocentas vezes
Marcadores: Meu querido diário - Prensada joga tarot e mapa astrológico - 70 reais a consulta
Exercício proposto para escrita de madrugada.
Mulher com a pele clarinha.
Acordei com a sensação que alguém falava comigo.
Escrever sobre a pele das mulheres é totalmente impossível.
Não é fácil escrever sobre mulheres.
Mas preciso tentar, nem que seja uma simples frase.
Não quer escrever, escrever , escrever para se sentir viva ?
Que papo besta...
Não tenho nada a perder -
cada minuto para mim é sinal de vida.
Terei a surpresa de olhá-la com sua pele clara.
Mesmo que ela não acredite em mais nada.
A sua pureza foi assassinada por uma sombra terrível.
A sombra sanguinária do descaso, de um encontro desastrado.
Ela está hoje pela manhã,
decidida a não acreditar
em mais nada.
Anteriormente, essa moça tinha a pele translúcida -
vibrava e a Lua vivia dentro dela.
Hoje ela está dentro do seu carro, fala no celular,
olha sua agenda, vai para uma reunião.
Não é mais pura.
Muito pálida na sua pele clarinha.
E eu , olho de bem longe -
gosto da mulher de pele branquinha -
a boca dela é parecida com geléia de morango.
No leite , morangos com leite.
* sou brega prá caraleo
* Imagem via Suicide Blonde by Sarah Goodridge
Marcadores: Meu querido diário - Só Keith Jarrett me salvará - Morango com leite - Exercicio de escrever
| Por Prensada
| quinta-feira, 22 de julho de 2010 | 10:19.
Apto. de artista romântico ,
flores e many guitars...ahahaha -
O que é essa lareira preta ? !
Edgar Allan Poe style.
Agenda muito chata essa,
atrás de um apezinho prá morar, que caraleo é isso.
A região central de sampavelox está hiper cara.
Parece que vivemos na Riviera italiana...ahaha.
Ou em Londres.
Quando enfrento o semáforo da Amaral Gurgel
debaixo do Minhocão respiro ares de Positano.
Aquele pãozinho da padoca vira brioche parisiense.
Tenho inveja da língua francesa. Muita inveja.
Não sei explicar o que é isso.
Mas logo acordo da maluquice,
com um sem teto muito sujinho me pedindo grana.
Sampavelox tá pela hora da morte.
Que nóia, que vida -
discurso com o peito inflado.
Um cão assustado atravessa a Consolação correndo
junto com a multidão.
Uma dor percorre cada fibra e nervo das minhas pernas.
Patas de um animal, tatuado nas pernas , restaura forças ?
Todo mundo correndo atrás de alguma coisa,
muito frágeis e sofridos;
Entro no elevador com falta de ar.
Filhote malhado da raça fila, na guia
com focinheira, prá não morder ninguém.
É uma fêmea e fica olhando para o chão.
Tristeza de cão. Tristeza.
Alla qui me lóke !
* Imagem via Sweet House
Marcadores: Meu querido diário - A rainha das imobiliarias - Um pé no saco
| Por Prensada
| terça-feira, 20 de julho de 2010 | 17:52.
| Por Prensada
| | 17:07.
Uma grande caminhada da Paulista até a Praça Roosevelt.
Desci pela Augusta e Frei Caneca.
Fico olhando as pessoas, os garotos e as garotas estudantes -
gente que acabou de acordar tipo as 15 horas
ou o pessoal que trabalha na região.
O percurso debaixo do sol estilhaçado de julho, é bem lento.
Sigo com passo de gente que está namorando.
Quase um divertimento !
Sabe como é isso ?
Caminhar como se tivesse com alguém junto.
Alla qui me lóke !
Sempre arrumo companhia imaginária nos meus trajetos.
Ou então fico fazendo listas. Listas de livros ,
providências que tenho pendentes, a p a r t a m e n t o s
e i m o b i l i a r i a s , um tormento.
Reforma , listas imaginárias de itens.
Vênus/ Afrodite , uma imagem que não sai da cabeça.
Aquele livro deslumbrante da Cultura, sobre Mitologia.
E o livro do Klimt ? Vontade de chorar.
A floresta de Van Gogh ?
Vou compondo frases , dialogando com meus fantasmas.
Toda feliz com o livro do Leminski na bolsa.
Ai que dor no meu peito ,
dá vontade de pegá-la e beijá-la devagar.
Pensei três vezes nisso.
Nunca sei dessas coisas.
Só sei que sinto dor.
Bela cena para acompanhar o pensamento:
um casal beijando-se na esquina.
O que inventar sobre a imagem ?
Afastei por completo essa febril e ansiosa cidade - sampavelox -
num exercício difícil , porque aqui todos se atropelam.
Passear de verdade com a garota é um grande desafio.
Beijar então, nem se fala.
E esses dois são heróis do nosso tempo.
Saem da escola tranquilos e gritando. Um desgoverno de risos.
Beijos que doem de tão bons, quentura , cama , sopros benfazejos
- apenas algumas horas.
Está bom demais.
Parece música do Keith Jarrett.
Não paro de ouvir e fazer listas imaginárias.
* um texto realmente adolescente...ahahaha
* Imagem foto via Stand by you
Marcadores: Meu querido diário - Como a Mitologia e Jarrett salvaram minha vida
* como esse cara é moderno
Namoro Vincent Van Gogh há quinze dias.
Pendurei um poster , uma simples floresta - na minha frente.
Dou altos passeios por essa tela.
Nos seus diários, as famosas cartas para seu irmão Theo,
ele informava que passava dias sem dizer uma palavra a ninguém,
a não ser para pedir
um almoço ou um café.
As cartas são tão envolventes e delicadas que não imagino Vincent como um anti-social.
Devaneio sim, com seus passeios , talvez ele caminhasse nessa trilha, no meio da floresta.
Carregava um caderno de esboços , maleta e cachimbo.
A floresta de Van Gogh é tão real e viva , um banho de luz e cor.
Leveza de flores brancas, esparramadas pelo chão,
amarelos intensos , vermelhos, ocres , laranjas.
Imagino a hora do descanso, saturado de tanta natureza,
lia um pouco de Guy de Maupassant ou Flaubert.
Vicent também amava Shakespeare .
O talento é uma grande paciência, não é mesmo Vincent ?
O poster também me remete ao cheiro da floresta.
Terra , folhagem, árvores sinuosas,
troncos estreitos e descascados.
Uma floresta real , sem nenhuma estridência
não havia vozes perturbadoras, insanidade e tormentos.
Só um caderno, lápis e a ação do desenho.
O olhar de Vincent é energia pura, cor.
* O antigo poster que reinava aqui, uma bela ilustração de uma borboleta azul -
obra de um artista plástico espanhol -
foi removido , por instrução e alerta do Ministério da Saúde.
* Imagem via Classic Woods
Marcadores: Meu querido diário - A floresta e o namorado
Amiga, somos muito puras. *
Nós ainda acreditamos, nas coisas, na vida.
Duas bregas...ahahah.
Tá jorrando com tanta força que quase nos atira no chão.
Energia, filhote.
* Imagem A place to explore * Health, Irish Gaelic * uma linda imagem da energia verde
Marcadores: Meu querido diário - Não tô - Só para aulas de dança
Muita coisa prá ver no orbe -
galaxia em perigo real,
sistema solar
comprometido
com lixo retorcido dos satélites abandonados
e a propagação das ondas de rádio da fm Gazeta -
música brega prá cacete contamina e adoece o cosmos.
Ai meu santo Yuri Gagarin.
Muitas fagulhas, vulcões em erupção
e terremoto nas Grandes Galerias, entrada da av. São João.
Tenis adidas clássico.
Profunda, não ?
completamente
jorge luis borges ou outro figurão
sentiria orgulho de mim
* Imagem via The Dainty Squid
Marcadores: Meu querido diário - Só estou para as aulas de dança
Dizem por aí, que os Dragões da mitologia estão nas profundezas da Terra -
prontos para despertar.
E que os seres de outros planetas convivem muito bem com
os humanos e já estão reproduzindo aqui.
Há muitos planetas habitados e o vazio da imensão do céu,
como falava a canção.
Acredito de verdade que ela não exista na realidade.
O eclipse é uma junção cósmica, disse A Abismada.
E prosseguiu num primor de imagem metafórica:
Uma foda maravilhosa entre o Sol e a nossa Lua.
É como se além do prazer da penetração sensorial,
e da proximidade absurda,
girasse toda a engrenagem.
Uma reprogramação do computador do planeta,
explicou dr.Spock alertando para pouso
da Enterprise em solo vulcano.
E os dragões ? Ainda estão lá nas profundezas;
mas em breve, darão as caras pelos céus.
Labaredas e olhos verdes.
* Imagem via Medicine for the soul
Marcadores: Meu querido diário - Efeitos do Eclipse - Dragões - Maluca
Beijo minhas paredes,
tomo meu vinho.
Boa noite mundo.
Amo todos vocês.
Do humano mais cão,
até a criatura mais sublime.
* Imagem via Fuck yeah artistic
Marcadores: Meu querido diário tá mimimi - Vinho chileno e bagulhos lisérgicos
* Uma bela ilustração
via Es triste cuando se muere tu pez
Marcadores: Meu querido diário - Guardá-la
enquanto dormias ?
* Imagem via star boy ether girl
Marcadores: Meu querido diário - Fico feliz quando chove
| Por Prensada
| | 01:42.
Cara,
Esse blogue não é esotérico, nem de auto-ajuda.
Apesar de gostar das sereias, não sou curandeira
nem benzedeira.
Não leio tarot nem a borra do café da dona Grega.
É verdade, tenho intuição quando ouço água correr.
Recebo o santo ao pé do tanque,
para deleite próprio.
Faço café e como biscoito da mãe.
Vela pro anjo no pires , com um pouco de mel.
* Imagem via Dark Silence in Suburbia
Marcadores: Meu querido diário lisérgico - Não sou de auto-ajuda - Pós eclipse
Liguei o radio na web
e peguei uma emissora streaming de Chicago.
Só toca blues clássicos, mas com uma qualidade bem legal.
Não é careta.
Dá prá acompanhar o set list.
Bom dia, babies !
fuso horário bem ao contrário por conta da cabeça -
histórias histórias, anotações -
histórias bobas demais.
Uma correção , duas correções -
leituras, leituras, leitura,
e um trabalho.
Dois dias inteiro lendo. Lendo.
Vou virar a noite de novo hoje;
por conta de ser coruja em certas horas.
Além de ser excitante em algumas ocasiões.
Não sei o que tá acontecendo no mundo.
Eu amo radio de internet, mas só prá música.
Amo memo. Clássicos e blues.
Você pode ouvir radio que
excuta os hinos de clubes , associações e todos
os países do planeta.
Tem o hino do Peixe...ahahah.
Ou essa fodeção gostosa de Chicago.
* Imagem * bem legal * via weyoume via FFFOUND
Marcadores: Meu querido diário acorda no fim do dia - Café e blues de Chicago
Varandinhas bem cuidadas, flores e verde.
Vejo alguns apezinhos com varadinhas bem cuidadas.
Tudo muito simples, quase banal , mas tem vida.
Tem gente que tem varanda,
e não abusa do direito de ter
uma varanda.
Pendura meias e pijamas velhos prá secar.
Quem tem uma varanda possui as chaves do
Palácio Topkapi.
Acho que as pessoas são burras.
É preciso acreditar que as pessoas não vão ficar mais burras,
do que normalmente já são.
Varanda é prá por flor, flor.
Bom dia.
Boa semana.
Vá em frente.
* Imagem via Hello Lolla
Marcadores: Meu querido diário - Quem tem uma varanda possui um reino
* desculpa a bagunça , tá ?
senta aí no banquinho verde, vamos conversar ?
quer um copo de vinho ?
Fim de noite lisérgica, com uma boa taça de vinho.
Tem uns queijos também...rs.
Comprei duas garrafas de vinho do bom
na zona cerealista ( rua Santa Rosa ) perto do Mercado Municipal.
Tem gente que é especialista mesmo e te ensina as personalidades dos vinhos.
Adoro esse programa de ouvir histórias de uvas, terras, nações, selos de garantia,
sabores , teor alcóolico , taninos e regiões de cultivo.
Os queijos do Camanducaia, um clássico mineiro.
Você sai de lá com uma puta fome. Risos.
Até goiabada cascão tripla eu trouxe prá casa.
Meu corpo parece que vira uma semente
e começa a subir
pelas paredes, treliças
parreiras fartas...ahahaha.
Louca para tomar uma boa taça.
Eclipse bêbada daqui prá frente.
Saúde, moçada. Good vibes.
* Imagem via Hello Lolla
Marcadores: Meu querido diário - Já armei um esquenta aqui - Torpedo e riso
Koln Concert, Keith Jarrett
prá encerrar o Eclipse
Cenas do filme O Piano, de Jane Campion
A alma é um estranho na terra. Trakl
Marcadores: Meu querido diário - Tudo ligado e ativo
Grande Eclipse do Sol na Ilha de Páscoa.
Enquanto espanhóis e holandeses jogam na final da Copa do Mundo.
O Sol se alinhará entre a Terra e a Lua num encontro direto.
O arquipélago da Páscoa mergulhará na penumbra.
Então é silenciar ou cantar
entrar na grande Onda, não importa como.
Dançar com musicas antigas,
vendo imagens bonitas,
rezando para São Bento, o santo do dia.
O frei que gostava de rezar com seu terço e fazer curas.
São Bento, um mago esse italiano.
Crux Sacra Sit Mihi Lux.
A Cruz Sagrada seja Minha Luz.
Faça o que for, leia debaixo da luz do sol;
mexa naqueles vasos mal tratados,
regue-os, um pouco de terra em cada um,
Comprar frutas vermelhas e amarelas.
Água de coco.
Rock'n'roll classic aqui em sampavelox,
e no Pacífico, um eclipse fortíssimo e benéfico ;
Luz e sombra junto as estátuas sagradas.
A luz vence e tudo está de acordo com a grande onda.
* Viva São Bento *
Crux Sacra sit mihi Lux
non draco sit mihi dux
* Respira fundo, mano
e pega o tubo.
* Imagem via stick and bones
Marcadores: Meu querido diário - Dia de São Bento - Eclipse do Sol na Ilha de Páscoa
Dançar no passo da bailarina é deslizar na música.
Mesmo que não seja o melhor dia,
a melhor hora,
com todas essas sensibilidades abaladas.
O ar é uma espessa nuvem de poeira fina.
Tudo fica irrespirável e em dúvida.
Nem sei como consigo pensar.
As veias das têmporas latejam,
enquanto o sol de inverno rompe.
Toco de leve as teclas de marfim -
brancas e negras, delicadíssimas.
O som toma forma.
Pérolas aos porcos
e a grande música.
A bailarina no seu ato de amor pode ser tudo -
extrai do corpo o sumo e dança.
* Imagem via This isn't happiness
Marcadores: Meu querido diário - Quase sem oxigênio eu danço
* clique no anjinho
Aumentar um pouco o som, mas não muito.
Hoje subi a serra à cantar. Coisa brega prá caraleo.
Mas cantei, cantei até Cauby.
Ehehe. "Cantei, cantei / como é cruel cantar assim/
e num instante de ilusão / te vi pelo salão / a caçoar de mim."
Ehehe...
Quero ver dança, balés.
Nada de captar porra nenhuma - desligar o cérebro.
Dançar nos passos dos bailarinos é deslizar na música.
Prende a respiração - um pequeno salto e lá vai para o palco -
cai no foco da luz.
Andar de metrô parece cena de filme de terror.
Que puta ar chico-picadinho tá rolando nesses trens.
Gente, muita gente. Gente demais.
Sei lá, vou surfar. Risos.
Você pega para longe da arrebentação e desliza naquele volume líquido.
Vai pegar a onda certa, você sente.
Todas as cores da ilustração ao mesmo tempo;
você brinca com o menino
e tudo fica bom.
Imagem by moonywolf
Marcadores: Meu querido diário - Linda ilustração - Não entendi nada o que escrevi - Purificação
São as palavras que eu perco pela estrada e ponho aqui.
Fui conversando alto comigo,
escrevendo nas diversas montanhas pelo caminho do mar.
Não vi nenhuma onça pintada,
mas passei ao lado de uma pequena cachoeira.
Desci a Serra do Mar nas curvas da estrada velha de Santos
ouvindo Dobbie Brothers ( ! ) , Neil Young e Rolling Stones.
Tudo misturado.
Muitas ondas, mas não as do mar.
Um trajeto de ruas estreitas de paralelepípedos,
quase na Alfândega e armazens do Porto.
Energias que passaram por aqui. nas ruas de pedra
em outros trajes,
fumando à caminho da estiva.
Bois e burros, carroças e sacos de farelo e café.
Calor tipo noroeste, aquele que carrega chuva.
A energia elétrica dos bondes, gentes e velhos casarões,
e aquele vagar quase ritual do santista.
Santos city metade alegre
metade triste
Você não existe,
você só vale um café com creme.
* Imagem via That Girl
Renata, segura a onda.
Se cuide.
= )
Marcadores: Meu querido diário - As curvas da estrada de Santos - Ondas e mais ondas
Tenho horror de gente cruel.
Dos que depois da farra louca e da putaria,
matam o corpo da mulher e jogam os pedaços aos cães.
A vida não vale nada para o cruel.
Merecem ficar no escuro profundo pro resto dos tempos.
Tenho horror, também, aos sonsos cruéis.
Não são criminosos não. Matam com gestos e atitudes.
Porque são incapazes de ver o outro,
na verdade odeiam tudo e todos.
Parece que o cortex cerebral do sonso não vibra;
E quando vibra, é porque ele conseguiu entristecer
ou foder com a vida do outro.
O cérebro do cruel, onde a alma se abriga -
é um mapa sem rumo.
Se você olhar bem prá ele, não consegue vislumbrar nada.
Porque lá nada tem.
** Bom dia amiguinhos/as,
vou prá Santos City
metade alegre, metade triste
você só vale um café com creme !
* Imagem via La Coleccionista
Marcadores: Meu querido diário - Crueldade - Santos city
Ringo, o beatle da bateria. Um fofo a vida inteira.
70 anos hoje.
Richard Starkey, Ringo.
Adorava esse filme - Help ! -
que continua com o mesmo frescor e atualidade.
Impressionantemente moderno.
Todo mundo tinha o anel do Ringo,
que era de acrílico vermelhão...ehehehe.
Beatlemaníaca em conflito: gostava prá caramba dos
Rolling Stones.
Entra no blog , uma delícia. Ringolove
* Imagem via strange little girl
Marcadores: Meu querido diário - Beatles ou Rolling Stones
* morangos, morangos, fresquinhos...rs* bon jour Jundiaiork *
Bom dia planeta Terra.
Bom dia Sistema Solar.
Conselho amigo, nos próximos dias
sentar num lugar confortável,
e aguardar o Eclipse Total do Sol.
Conselho amigo, nos próximos dias
sentar num lugar confortável,
e aguardar o Eclipse Total do Sol.
Que vai ser excepcional e raro.
Sabe o que é isso ?
Ainda bem que meu agasalho tem capuz.
Sabe o que é isso ?
Ainda bem que meu agasalho tem capuz.
Alla qui me lóke !!
* Imagem via Observando
Marcadores: Meu querido diário observa os morangos e o Eclipse - Depois não diga que eu não avisei
* corujinha mimimi
Reverenciar a vida com muitos morangos.
Morangos.
Gostei de iniciar o dia de hoje.
Hum, hum. Muito bom.
Adoro morango batido com leite.
Com muito açúcar.
Gostei de iniciar o dia de hoje.
Agora, já estou bem desperta e vendo imagens;
e rindo muito com essas coisas da minha vida
Uma surpresa atrás da outra.
Cheia de ternura e mimos, boa tarde.
* Imagem via Oh My, Owls !!
Marcadores: Meu querido diário - Morangos morangos - Intoxicada por açúcar
Você já está escrevendo quando pensa que não está.
Lembrei o Whitman:
"Celebro-me e canto-me,
e aquilo que assumo tu deves assumir,
pois cada átomo que a mim pertence a ti pertence também.
Vagueio e convido a minha alma,
à vontade vagueio e inclino-me a observar a erva do verão.
A minha língua, cada átomo do meu sangue, composto deste solo, deste ar,
aqui nascido de pais aqui nascidos de outros pais aqui nascidos,
e dos seus pais também,
Eu, de perfeita saúde começo,
esperando que só a morte me faça parar"
* Canção de Mim Mesmo, Folhas na Relva.
Walt Whitman
* Imagem via Natural Beauty
Marcadores: Meu querido diário - Vida de poeta é pensar e flanar
Homenagem aos poetas ingleses Românticos.
Eles diziam que trabalhavam,
caminhando pelos gramados
e bosques verdinhos nos arredores de Londres.
Viviam de favor na casa dos outros.
Uma confraria respeitosa e humana,
eram os Deuses do Olimpo, muito reverenciados.
Poeta trabalha pensando, caminhando e escrevendo
em papéis soltos, como Keats.
Fiquei tão pálida quanto John Keats,
porque entendo esse ritmo dele.
John Keats estava vivendo para escrever
ou escrevia para viver. Pobre de dar dó.
Conheceu uma moça e encantou-se.
Não sabia ao certo o que era aquilo, aquele sentimento todo ;
mas ficou tão aturdido de sentir atração,
que queria abrir mão de toda a sua produção
e concentrar-se nela, na sua nova paixão.
Escrever para um só objeto, o objeto do seu amor.
Perdeu-se no meio da impossibilidade,
começou a tossir na Londres gelada.
Farfalhar de roupas , arfar de amor, rouxinóis ,
beijos apaixonados e cuspir sangue.
Uma beleza o Romantismo.
Uma revoada permanente de helicópteros agora - para não perder a hora - informações de trânsito pesado. Cometas e objetos voadores invisíveis na metrópole e poeira particulada. Rock'n'roll prá acordar , rock'n'roll. Palavras que vem do Centro Expandido do meu peito, de sampavelox , das Marginais - eixo norte e sul , Elevado Costa e Silva , direto na rua da Consolação.
Agora estou aqui,
desfrutando da minha nova carcaça e rosto;
que até pouco tempo eu desconhecia.
Agora sei que estou no meu caminho, sem erro nenhum;
faço parte da confraria dos ex-poetas que caminhavam
em campos verdes;
que estão sempre pálidos,
apaixonam-se perdidamente -
e cospem sangue.
Quando caminho escrevo,
no centro expandido do meu peito.
* Imagem via HitRecord
Marcadores: Meu querido diário - Poeta caminha enquanto trabalha - Cospe sangue de vez em quando
Até agora não consegui sair de casa.
Estou enclausurada docemente,
com alguns livros aqui do lado.
Livros de poesia ganham na pilha.
Antigamente eu estava romanceando. Agora poetiso.
O dia pela janela está luminoso, outonal e o ar seco.
Pulmões à míngua , muita água para hidratar.
Quero andar um pouco e tomar sol -
feito os cães que caminham com seus donos pela manhã.
Preciso de chuva, um dia somente.
No fim do dia, com os olhos cheios de claridade
mergulho na penumbra do cinema.
Tentarei um filme. Se não conseguir chegar ao meu destino -
paro no caminho e tomo um café duplo no café e vou olhar as moças*
que* calçam* botas.
O clima é propício e fresco para jeans e botas.
Acho bonito.
Lição que tirei ontem , durante o fim da tarde:
eclipse foda, mano !
corujinhas.
Então prá vocês, queridos/as
excitação, nostalgia e paz
como Mariana C. falou.
Au revoir.
* Imagem via strange eyes
Marcadores: Meu querido diário - Luz e penumbra - Aspectos astrológicos ótimos provocam maluquice e alucinação
Viva o poeta !
Um bom trago para homenageá-lo.
Roberto Piva faleceu aos 72 anos, de falência múltipla dos órgãos. Tinha câncer na próstata e mal de Parkinson. Piva se refugiava na rua das Palmeiras, no seu pequeno apartamento abarrotado de livros. Homossexual , o poeta sabia que viveria sempre à margem das panelinhas literárias.
Sampavelox do delírio de Piva.
Roberto Piva era fora da lei mesmo, um outsider lírico.
Piva tornou-se fundamental na poesia brasileira desde 1963, quando lançou Paranoia, poemas-instântaneos da metrópole cinza, brutal e surpreendente. O livro foi reeditado no ano passado pelo Instituto Moreira Salles e é uma bela edição.
Paranoia é totalmente alucinógeno. Como toda a produção de Piva. São imagens inoculadas com seringa de vidro, dói prá caramba. Nenhum verso, porém, é vulgar, nenhuma imagem é estranha. Principalmente prá quem vive em sampavelox, essa cloaca fedida.
Roberto Piva leu tudo de Antonin Artaud, William Blake, Rimbaud, Breton , toda a obra de Reich, Jung e Freud.
Sempre as imagens do inconsciente , onde incluia
Xamanismo, Umbanda, Cosmogonia Indígena.
A Editora Globo lançou , em 2005, toda a obra poética de Piva.
Meus pés sonham suspensos no Abismo
minhas cicatrizes se rasgam na pança cristalina
eu não tenho senão dois olhos vidrados e sou um órfão
havia um fluxo de flores doentes nos subúrbios
eu queria plantar um taco de snooker numa estrela fixa
na porta do bar eu estou confuso como sempre mas as galerias do
meu crânio não odeiam mais a batucada dos ossos
colégios e carros fúnebres estão desertos
pelas calçadas crescem longos delírios
punhados de esqueletos são atirados ao lixo
eu penso nos escorpiões de ouro e estou contente
os luminosos cantam nos telhados
eu posso abrir os olhos para a lua aproveitar o medo das nuvens
mas o céu roxo é uma visão suprema
minha face empalidece com o álcool
eu sou uma solidão nua amarrada a um poste
fios telefônicos cruzam-se no meu esôfago
nos pavimentos isolados meus amigos constroem um manequim fugitivo
meus olhos cegam minha mente racha-se de encontro a uma calota
minha alma desconjuntada passa rodando.
*Boletim do Mundo Mágico
* Imagem via La Coleccionista
Marcadores: Meu querido diário - A poesia delirante de Roberto Piva
| Por Prensada
| domingo, 4 de julho de 2010 | 10:19.
on the road
* Imagem via Like a Hurricane
Marcadores: Meu querido diário - Vontade de pegar a mala e sair por aí
* editado e revisto *
Holandesa desde criancinha.
Selecinha.Pffff...badalhocas ó pah !!
Não vi nada, graças à Deus.
Voltamos a programação normal
com as eleições presidenciais e o Cangaço Político Brasileiro.
Voto obrigatório é nojento.
Um controle absoluto sobre a cidadania.
Se democracia é isso, prefiro os tempos da Maria Antonieta.
Yeah, fuck. Guilhotina.
Eu sou o rei , rainha. Fui escolhida pelo Altíssimo para reinar aqui.
Deviam ter egos infladíssimos. Egos de rei e rainha.
Pelo Altíssimo para reinar, foram os escolhidos.
Eleições Presidenciais no Brasil -
o eixo da Terra
vai virar mais um cadinho
com tanta negociata
conciliábulos, jantares
pactos de sangue
e máfias constituídas.
Rapinagem selvagem
que nem os animais noturnos fariam.
* Imagem via Fuck Yeah Lesbians
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instântaneo do momento
* Imagem via The Cherry Blossom Girl
Marcadores: Meu querido diário - Influência dos poetas ingleses
* caia no jardim
Férias, quem sabe ?
férias com hidromel,
aquele vinho antigo e medieval -
purificação, clareira com luzes filtradas.
Um útero de folhagens e folhas.
Vento que faz as pontas dos ramos vergarem
irem de um lado para o outro com um rumor.
Avermelhadas e esverdeadas, sem nenhum susto.
Do lado esquerdo pro lado direito,
vão elas , um fluxo
um pequeno fio que vem e vai, rebrilha
quase material, iluminado , a teia repleta de bichinhos.
Nessas horas, não dá nem prá falar nada.
Vento.
É só silenciar , respirar, purificar num ritual.
Pegar os lápis 6B
e deixá-los bem apontados.
Lá vem coisa por aí.
Deus deu a vida a Adão com um sopro
porque a vida do homem é vento*
Antonio Vieira, em Sermão da Sexagésima
* Imagem via Ilustração Margaretha Barbara Dietzsch
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