mal você abre os olhos
e uma voz qualquer vem lhe dizer
o que fazer o que comer
como vestir
todos querem se meter
nunca coisa que só
a você compete:
viver a sua vida
deletar,destruir,detonar
esses atravessadores
a vida é uma só
e a única verdade
é a sua experiência
não terceirize sua vida
viva viva viva
essa é a sua vida
* Chacal
* Graffite Billie Hollyday, via Holga
Marcadores: poesia
chega de subprime e de escândalo da
seguradora AIG;
ai, foda-se !
bota um jazz latino
tipo Bebo Valdez & Javier Colina
e bota prá quebrar com um copinho de uisque,
não está frio e a noite está muito agradável
prá uma viagem à Cuba, falar sobre música,
teatro e paixões. Papo honesto e emocionado.
Esses pianistas são the best, os cubanos são foda.
* Imagem via Roesje
Marcadores: Fotografia - Esquenta - fumar e beber no momento certo
Bettye Lavette,a cantora favorita do Obama.
O cara tem bom gosto,thanks God !
Procure no Youtube as performances desta senhora,
e caia prá trás.
* A propósito, os dois caras que parecem com medalhas de príncipes do Reino da Moldávia,frequentemente focalizados pela câmera, são Peter Townsend e Roger Daltrey, do The Who. .Dois roqueiros veteranos,tocados pela música e interpretação monstruosa da diva. E ainda tem Barbra Streisand na platéia.Foda !
Marcadores: YouTube - Música - As divas americanas
Benício del Toro de Che, Part I
filme de Steven Soderbergh
* estou doidinha prá assistir !
não há previsão para o lançamento
da segunda parte.
Marcadores: Cinema - Viva la Revolución
dia de ver coisa bonita,
puta saudade da minha câmera...
Marcadores: Cinema - Vicky Cristina Barcelona
eu queria ficar pelo menos uma semana incomunicável
num lugar semi-deserto
prá dormir, descançar a cabeça
e olhar o céu bem tarde,
quando a noite já estivesse instalada.
Nadar um pouco no mar
tomar sol e não pensar em nada.
Uma lagarta velha e idiota...pensando da teoria da evolução de Darwin ou na influência do galeão do pirata Francis Drake na descoberta da fortaleza de Bertioga.
Será que ele deu muitos tiros de canhão prá afugentar os
jesuítas ?
Seria a única questão crucial da minha vida.
* Já postei essa imagem aqui, adoro
Marcadores: Poster da Galeria carioca Laura Alvim em homenagem a Dercy Gonçalves
* Julianne Moore à la Egon Schiele
* Pintura, Egon Schiele
- não tenho os créditos dessa foto linda,
quem souber, por gentileza , mande prá mim.
Marcadores: Cinema - Fotografia - Pintura - Beleza
Hoje tem praia
até estando no Himalaia
tem moonlight serenade
completamente up-to-date
hoje tem lua
à luz do dia
tem desfile
carnaval
mesmo na rua vazia
até no nada
hoje tem tudo
e é só hoje.
* Alice Ruiz , Dois em Um , Iluminuras
* Eletrical Gloom, Imagem
Marcadores: Poesia - Universo da Mongólia - Devaneio
Puta mês horrível. Repleto de Luas vazias. Olhei o calendário de Lua Fora de Curso e fiquei besta. Todo cuidado é pouco no trato com pessoas e no trânsito. Nessas luas estouram guerras, o vizinho surta , o cara da padaria grita com você, contas prá pagar e unha do pé corrompida.
Com a Lua Vazia nada flui com facilidade.Um enrosco.
Olhe por onde pisa, viu baby ?
Todo cuidado é pouco.
* Abril é foda: compra uma boa bebida ( tô namorando uma ) -
aquela garrafa bonita , de respeito , bota um som e relaxa.
Marcadores: Madame Zora aconselha - Abril o pior dos meses
Não entendo mais nada: xongas.
Acho que vivo no país dos xongas.
Por isso, como já gritou no microfone no Sesc-Consolação
o Michel : fudeu !
E vou repetir esse verso porque vale a pena:
"O peso do mundo
é o amor
sob o fardo
da solidão
sob o fardo
da insatisfação
o peso
o peso que carregamos
é o amor
quem poderia negá-lo ?
em sonhos nos toca
o corpo,
em pensamentos constrói
um milagre,
na imaginação aflige-se
até tornar-se
humano
sai para fora do coração
ardendo de pureza
pois o fardo da vida
é o amor..."
* Allen Ginsberg, Uivo ( Canção )
* imagem via overflowing
Marcadores: Xongas geram xongas - reflexão de uma caminhante
À caminho do purgatório.
Quem sabe,
mais adiante,
paraíso ?
(* não, a próxima estação é Consolação )
mas dizem que a melhor parte
da Divina Comédia
é o inferno.
Marcadores: Devaneios - Meu querido diário
furiosamente no metrô.
Quero ser como ele.
Nascer de novo
e encontrar a verdadeira paixão.
Filme que dá um reboliço no estômado e no coração.
Com um texto super bem acabado, trilha de jazz swingado e Fela Kuti.
- som duca, meu irmão !
E com atuações marcantes,
Richard Jenkins e Hiam Abbass ( aquela atriz maravilhosa de Lemon Tree )
reaparece aqui nesse drama-político pós 11 de setembro.
Mas não se assustem, é uma história que pode acontecer com você: perseguição política, paixão , preconceito, mulçumanos, americanos , amor à música , viver exilado de sua pátria , humilhação e bongô, é claro.
Marcadores: Cinema - quero tocar furiosamente como o professor Walter
Olhei logo cedo para minhas plantas perto da janela e saudei-as com um bom dia friorento. Tempo de outono típico. Ainda bem. Chega daquele calor dos infernos. Pensei no meu casaco leve e no trajeto até o meu destino. Peguei um bus até a Paulista e parei no café da Viena pro ritual: cafezinho e um pão de queijo quentinho, daqueles de ajoelhar. Sorri prá todas as moças que trabalham lá e agradeci. Sorri na bilheteria do metrô e a moça até conversou pelo microfone comigo. Milagres. No trem , fiquei olhando uma moça que se agarrou em um dos suportes e parecia super tensa. Não tinha cara que ia trabalhar, talvez fosse ao médico,porque carregava um exame grandão. Não sorri no metrô porque ninguém sorriu prá mim.
Cheguei no meu destino com 10 minutos de antecedência e fiquei olhando uma lojinha de 1,99 bacana. Comprei uns trecos prá casa. A moça do caixa não sorriu e nem me olhou direito. Um saco isso. Hoje estava meio entristecida e queria que muitas pessoas estivessem mais alegres que eu.
Minha terapeuta, meu viu e sorriu
Olhou diretamente nos meus olhos e sempre começa a sessão com a mesma frase:
- Como foi sua semana ?
Daí eu despejei um monte. Mas é segredo de gabinete, já dizia dr.Freud.
Blá, blá, blá...não sei como esse povo de psicologia aguenta ouvir tanta lamúria e desatinos.
Devem ser todos maluquinhos. Como eu. Ah ! , se ela ler isso , vai ficar rindo.
O mais engraçado é que lá dentro da sala dela eu tenho uma lucidez espantosa e quando caio na rua novamente parece que tudo se dilui na primeira banca de camelô. Uma bagunça só, tudo socado e colocado ao Deus dará. Organização e lucidez só lá na psicologia.
Na avenida movimentada me movo no caos.
Ah, hoje saí de lá com uma vontade de criação.
Criar alguma obra , mover minhas mãos e tacar cores nas paredes.
Fazer graffittis dentro de casa.
Virar uma pixadora do lar.
No retorno , o mesmo trajeto e um trem lotado. Vi um casal trocando carícias e carinhos e achei bom. Tudo na medida, nada muito agressivo. Acho lindo. Vi um monge budista gordo com aquela roupa vermelha e laranja e pensei ....namastê. O povo é tão ignorante que ficaram secando a saia dele. Burraldos. Eu amei sentar do lado do budista convicto.
Sabe porque , descobri lá no gabinete do dr.Freud, que não tenho convicção de nada.
Parece que com o tempo, só tenho ironias, frases inteligentes e pouca vida.
Aquele fait-divers de internet , amenidades.
Tive vontade de vomitar em mim mesma.
Olhei pelo vidro do trem meu rosto:
marcas de expressão bem feias em cima das sobrancelhas e
bolsas de gordura debaixo dos olhos.
E isso não é fait-divers.
Eu estava bem entristecida, é isso.
Quero me atirar em alguma coisa bonita e não virar um compêndio de clichês.
Rasgar meu corpo, ver o sangue escorrer, tocar bongô no metrô,
aprende violoncelo e sei lá, dar um tiro em algum político corrupto.
Virar a criminosa mais aplaudida do país. Fazer algo útil pela humanidade.
Quero tatuar o planeta Terra no meu braço,
as mais diferentes expressões, sorrisos e lágrimas.
Uma kamikase criadora e descontrol.
Como foi o seu dia de hoje , afinal ?
Foi muito lindo, descobri que posso ser.
Marcadores: Meu querido diário - o que faz uma sessão de terapia -
depois de um beijo ou um encontro que faz as veias
do pescoço saltarem
e o coração bater mais rápido
e a circulação entrar em parafuso
a melhor coisa desse planeta rancoroso,
maluco e belo
é uma xícara de café.
adoro dia de terapia, oh yeah.
bom dia, flor do dia
bom dia para todas as flores
* Imagem via the moment
Marcadores: Meu querido diário
Esse inferno não é meu, definitivamente.
Alô Nasa ! me empresta um foguete prá Júpiter ?
Marcadores: Meu querido diário
No mapa dos médicos os países sul-americanos estão na localização correta. Eles trabalham de forma séria e responsável. Não é como o Governo do Estado de São Paulo que publica livros didáticos de geografia com erros horripilantes ou coloca 9 postos de pedágio até a cidade de Ribeirão Preto.
Nove pontos de arrecadação !
Prá onde vai esse dinheirão todo ? Prá fazer livros é que não é.
* Hoje começa oficialmente o meu "Inferno Astral " ( tsc,tsc,tsc )
e a melhor das estações, Outono.
* fotografia via fffffffound.
Marcadores: Meu querido diário - Mudança de estação hoje - Outono - Inferno astral - tô nem aí........
Eu navego pelo Arquipélago de Tristão da Cunha como aquele outro capitão beberrão e arruaceiro. O mapa indica novos caminhos. Os Médicos sem Fronteiras estão com acampamentos, leitos e projetos em muitos países e ilhas conturbadas. Inclusive aqui no Brasil. E ganhei um mapa bacana e hiper atualizado e estou viajando tranquila. Tantos povos e costumes diferentes e curiosos.
Descobri nomes de países obscuros , fronteiras recentes e micro-estados. Bom, o homem adora impor limites, trancafiar e arrumar desculpas para brecá-lo numa estrada e pedir o documento. Vigia e pune o tempo todo. Quer sempre saber o número da sua indentidade. Fuga ou escape
sei lá que nome disso, gosto de olhar montanhas de longe , lagos transparentes ou sujos , oceanos e desertos , mas odeio fronteiras. As bandeiras são bonitas mas deveriam ser abolidas.
Vamos rasgá-las e queimá-las em fogo lento. Seriam bom baixar a guarda e deixar o povo ir e vir. Maravilha, nesse novo mapa-mundi não haveria aquela exposição ridícula e repugnante de revistar de uma forma ríspida um homem de olhos puxados que exibia um passaporte irregular.
E depois, como não haveriam fronteiras nem estados muito rígidos, o terror se encerraria.
Ah, bebi hoje a tarde duas cervejas e quase parti para a terceira, mas ...voltei prá casa.
Parti agora do porto de Santos, e fui seguindo pelo Atlantico sul até as ilhas de Tristão da Cunha. Minha primeira parada. Como estou desesperada para viajar , abro o mapa aqui na minha frente e sonho. África do Sul, Madagascar e Ilhas Maurício. Não sabia que as Ilhas Seycheles eram tão perto da Tanzânia.
Onde batem aquelas ondas monstruosas e onde antigamente os marujos doidos de vinho apreciavam sereias, tempestadas e afogamentos. Morte no meio do furacão.
E hoje, surfistas malucos vão deslizar em ondas super gigantes.
Seguimos em frente e nem pensamos no futuro.
O estar no mar já é um novo estado, deslizo.
Estremeço e sigo para ancorar em P.Elizabeth.
* Sabe o que há de pior na vida ?
Alguém te mandar prá Burkina Fasso.
Sei que hoje tem países africanos
em pior situação.
A crise financeira vai acabar de detonar
o continente africano.
Marcadores: Devaneio com o capitão - viajar e navegar - Médicos sem Fronteiras
Não tem para onde correr com a inundação. Cidades alagadas como São Paulo não merecem estar nos mapas geográficos. Carros boiando, enxurrada, cidadãos encurralados e ameaçados de morte são o retrato absurdo de países de terceiro mundo. Onde veículos boiam na correnteza você pode estar certo que há péssima gestão, já ensinava os manuais antigos de Sociologia e Geografia.
Não há um político acusado de crime por essa má condução e incompetência lusitana elevada ao cubo. Nenhum cidadão entra na Justiça para processar o Governador Horror e o Prefeito Kassamba. Já está na hora do cidadão comum processar esses administradores de publicidade por má gestão.
Esse show de horror e descaso promove falência da cidade.
Quem vai querer morar num lugar desses ?
Que empresa ou executivo vai optar por uma cidade que entra em colapso com uma chuva ?
Imagino a cara dos japoneses e gringos em trânsito nessa cidade abandonada.
A sensação é essa mesmo, completo abandono.
Não há nenhuma preocupação com o bem estar do paulistano que paga por essa destruição.
Pode-se falar que o povo é imundo e joga todo lixo na rua. Sim, isso é verdade. Mas é verdade também que o Estado e a administração pública não realiza absolutamente nada no sentido de amenizar esse flagelo. Não há obras de infra-estrutura, educação ambiental e o be-a-bá do lixo. E se fazem, não funciona , porque fazem tarde demais. Usam a TV só para promoção de suas mentiras eleitoreiras mas não para educar e orientar o cidadão.
Prejuízos imensos para os carentes que vivem em regiões inundáveis e um stress tremendo para quem precisa se deslocar nessa cidade-monstro.
A mídia também é super conivente e vê as inundações como um elevado índice pluviométrico. Balela. É incompetência mesmo. Não reclamam porque senão cortam a publicidade estatal.
Então ficam naquela cantilena de elevados índices pluviométricos para boi nadar.
E para completar o circo do horror , os livros de Geografia publicados pelo Estado , para as crianças , vieram com erros crassos. No mapa não existe o Equador ( ! ) , o Paraguai aparece duas vezes ( ! ) e o Uruguai e o Paraguai estão invertidos.
Seria muito engraçado se não fosse tétrico. E ainda gastam um saco de dinheiro público em propagandas ridículas e mentirosas na tv , enaltecendo a velocidade do metrô.
Tsc, tsc, tsc...esse metrô de São Paulo está com um atraso de no mínimo 20 anos.
Geografia do atraso, mapa da falta de atenção com a Educação, Segurança Pública à beira do motim e contaminada pela corrupção e crime.
Marcadores: O mega piscinão São Paulo e você boiando no meio do lixo
libertas da concha,
as moças nadam
e na sedução de um olhar mais profundo
saem da terra e mergulham no sentido;
saem dessa vida bizarra de não ser nada
e nada sentir,
prá essa linda representação da
pérola do ir fundo.
porque eu sempre gostei das pérolas, por ser do mar.
* Imagem via killingbambi
Marcadores: Poesia - Devaneios com mar - Capitães e barcos que não tem dia para retornar
Capitão, de cigarrilhas e suspensórios,
vê a vida da escotilha
caminha no tombadilho escuro, meio bêbado,
com os olhos postos nas últimas luzes do cais.
O navio vai tocar um ponto do embarcadouro
e jogar a âncora.
Ah , meu Capitão
acende uma cigarrilha contra o vento,
e não amaldiçoa o seu destino
escolheu a estrada do oceano,
vida e cemitério de espumas.
Missão cumprida.
Vida marinha em profusão
polvos, mariscos , ostras ,
carangueijos e pinguins.
Peixes gigantes e baleias.
Rum do Caribe e uisque da Escócia.
Meu Capitão tinha marcas pelo corpo,
tatuagens , mas não era pirata.
Dizia que não era um saqueador.
Era o Anjo do Inferno, dizia com
um gargalhada exuberante
exibindo um atlas do mundo
na barriga.
Portos solitários e a constante partida:
alma de marujo.
Os marinheiros eram briguentos e
era bem comum desavenças com facas
e outras vilanias.
A navegação era para o Índico, Magalhães,
Caribe , Amazonas,
Rio da Prata e retornava a Europa.
No oceano alto, o inimigo era o mar revolto,
ventos indomáveis surgem sem aviso.
O Capitão não pregava o olho de seu palácio
flutuante: quilhas, mastros, velhas , rodas de leme,
chaminés de vapores, hélice e gávea.
Seu tesouro , sua vida, seu único amor.
O delírio das coisas marítimas, a excitação de navegar.
Não está no seu convés e
vai atrás do barulho humano,
beber com alguns companheiros e
sentir o calor de uma mulher.
Salve, Capitão !
bem- vindo a minha terra.
*" Salve gente tatuada,
gente de cachimbo,
gente escura de tanto sol,
crestada de tanta chuva
Audaz de rosto de tantos ventos
que lhes bateram a valer."
Fernando Pessoa, Ode Marítima
Marcadores: Cinema - O Curioso Caso de Benjamin Button - o capitão do barco é o personagem mais legal do filme
maggie e milly e molly e may
foram brincar no mar ( e é só o que eu sei )
e maggie achou uma concha que cantava tão bem
que fez sumir seus problemas,
num suave-vai-e-vem
milly ficou amiga de uma estrela perdida
com cinco raios que eram dedos na tarde ardida
e molly foi perseguida por uma coisa horrorosa
que corria de lado soltando uma bolha feiosa
e may voltou para casa com uma pequena pedra redonda
grande como o mundo e doce como uma onda.
pois quando a gente se perde e desiste de achar
é sempre nós mesmos
que encontramos no mar
* e.e.cummings
tradução Sérgio Augusto de Andrade
* linda tela que eu não consegui encontrar o autor !!
Marcadores: Poesia - uma coisa boa perto do mar
Semana novinha em folha, prá começar a correr atrás de algumas coisas bem concretas como aquelas toneladas de cimento que sustentam o metrô em obras eternas aqui perto de casa. O tatuzão alemão ferindo solo e escavando para servir uma avenida que já tem ônibus prá caramba na superfície. Acredite: não entendi nadinha esse traçado dessa linha Amarela passar na Consolação. Algum gênio político e um bando de burocratas decidiu e voilá. Acho que é uma das avenidas de São Paulo melhor servidas por transporte e eles ainda cismam de fazer metrô.
Estamos em obras por aqui, a terrra treme de leve e eu estou com minhas veias do pescoço novamente latejando, ansiodoron e sorriso de medusa. Correr para mil lados.
Quem tocar em mim leva um choque.
* Claudio Edinger, foto
Estação da Luz
Marcadores: Meu querido diário - metrô - obras
Companheiros,
maconha relaxa e dá um puta sono.
Marcadores: Prensada bem prensada - Maconha - Marijuana - Jererê
anda no meu peito
uma dor
ainda
pula
deita
dança
baila dor
bailando nos lábios
dor bailarina
anda
vem menina
dançar comigo
atrás da cortina
anda vem menina
deitar comigo
que a noite ilumina
anda
vem comigo
ou de uma vez por todas
me elimina
* Alice Ruiz , Dois em Um , Iluminuras
* Foto via DarkP.
Marcadores: Poesia - Literatura Brasileira - Afff que paixão
Para comprovar que conforme a canção e o cara,
guitarra também é sexo.
* Bruce S.
Marcadores: Guitarra - Rock - Fotografia - Tesão
Ponzi scheme.
Pirâmides.
Ainda bem que não entendi até hoje como as pirâmides foram erguidas lá no deserto.
Mas tenho a impressão que a dor foi imensa.
Movimentar aquelas pedras milenares e erguê-las no ângulo e
simetria perfeitas deve ter sido obra de algum mago de chicote.
Engenheiro do diabo.
A magia das pedras que chegariam até o céu e desvendariam
as constelações ;
abrigariam a alma dos reis e rainhas,
larápios , sacerdotes e bajuladores.
Ponzi scheme.
Pirâmides. Ladrões de almas,
carregadores de ouro e sangue,
loucura de veneno certeiro.
Areia movediça , vento de açoite e o
rio dos reis fertilizava com sêmen e sacrifício,
o império das pirâmides.
O faraó não andava no piso do palácio,
caminhava altivo em cima de carne humana,
sangrando ao toque do deus feito homem.
Escravos africanos e filhos do Nilo se dobravam,
espelhos, jóias e escravos: era isso o que o Deus-Homem queria.
Nefertiti era seu lado feminino:
Mas não havia complacência e perdão.
Só ouro, loucura e rituais de sangue.
O verdadeiro problema não é alimentar Satanás.
Mas sim dar de comer a um dos seus filhos que vive em N.Y.
Morremos um pouco todos os dias
doando nossas vidas a esses faraós contemporâneos.
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Autor de fraudes de até US$ 65 bi deve esperar sentença dormindo em beliche
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No Centro de Correções de Manhattan, em Nova York, ele é o prisioneiro nº 61.727-054. Um dia após confessar uma das maiores fraudes financeiras da história, o ex-investidor Bernard Madoff, 70, acordou em uma cela de menos de 6 m2, com chão de linóleo e paredes de grossos blocos de cimento. Madoff deve dormir lá, sobre uma beliche, até que sua pena seja estabelecida, em audiência no dia 16 de junho.
Símbolo da "ambição desmesurada" de Wall Street -que, para muitos, é a responsável pela crise econômica global-, Madoff deve trocar o brunch dominical por mingau de aveia servido às 6h30. No almoço e no jantar, o cardápio costuma ter galinha assada e espaguete à bolonhesa, respectivamente. No lugar do golfe, o ex-investidor pode passar o tempo assistindo à TV na área de convivência, lendo na biblioteca da prisão ou jogando pingue-pongue.
O centro em que Madoff está abriga vários tipos de criminosos, e alguns dos famosos que passaram por lá recentemente são o terrorista Omar Abdel-Rahman e o financista fraudulento Raffaello Follieri.
Na última quinta, perante o tribunal, Madoff se declarou culpado em 11 acusações de fraude, lavagem de dinheiro e roubo e confirmou ter elaborado um esquema de pirâmide, hoje estimado em até US$ 65 bilhões, que causou perdas a quase 5.000 clientes. Na fraude, o dinheiro de novos investidores era usado para pagar aos mais antigos -os ganhos prometidos não existiam, de fato.
O financista estava em prisão domiciliar, em sua cobertura de US$ 7 milhões na ilha, desde 11 de dezembro. A punição máxima para cada um dos crimes admitidos soma 150 anos.
* Que apodreça nesse cubículo, aliás.
* Imagem na pedra de Akhenateter e Nefertiti, com seus filhos
Marcadores: Devaneios - Bernard Madoff é um câncer - Filho da puta
..."É água do mar, é maré cheia ô
mareia ô, mareia
É água do mar
era um peito só
cheio de promessa era só
era um peito só cheio de promessa
era só
Foi beira mar, foi beira mar que chamou
foi beira mar ê, foi beira mar...."
Ai seu Zé Pelintra, essa esbórnia vai ter que terminar.
Mas que é bom, lá isso é.
Boteco seu Zé , vida longa !
Dá uma espiada no link, quartas-feiras especiais.
* Zé Pelintra, obra de Nelson Lerner
Marcadores: Noitadas de samba - dias de dor cabeça e no pés
afogou-se uma estrela em sangue
o sangue de que um menino falava
e murmurava aos amigos:
não se contam no céu
senão alguns buracos a que chamavam estrelas
Adónis (Adûnis)
غرقت نجمة في الدماء -
الدماء التي كان طفل يحدث عنها
ويوشوش أصحابه:
لم يعد في السماء
غير بعض الثقوب التي سميت أنجما
Marcadores: Poesia árabe - Lua cheia
* arte para camiseta: Sandro Menezes -
inspirada no famoso poster da campanha presidencial do Obama
Marcadores: T-shirt - Poster - Obama
lendas gregas
lendas negras
cheias de ditos
malditos
benditos
todos medito
todas me ditam
destinos
* Alice Ruiz , Dois em Um , Ed Iluminuras
* via sine-qua-non
Bem que eu vi
Ulisses andou por aqui
Circes e Ciclopes
Equanto cinco ou seis
Tentavam Penélope
Atrás de um fio
tecendotecendotecendo
tecendotecendotecendo
tecendotecendotecendo
tecendotecendo
tecendotecendo
tecendotecendo
tecendo
tecendo
tecendo
tecendo
Homenagem a Lua Cheia de hoje, 10 de março,2009 !
* Alice Ruiz , Dois em Um , Ed Iluminuras
Marcadores: Poema - aranhas - trilhas e o vôo da bruxa em direção a Lua
Então Hollywood voltou seus olhos sedentos de dólares para a Índia e tascou 8 Oscars para o filme de Danny Boyle. O diretor inglês, que já realizou filmes super barra-pesada e legais entrou para o hall da fama. Quem não se lembra de Trainspotting, Caiu do Céu ( Millions ) , A Life Less Ordinary ( Por uma vida menos ordinária ) ou o antigo Shallow Grave ( Cova Rasa ) de 1994 ?
Danny Boyle sempre seguiu um padrão quase subversivo, bem diferente do star system hollywoodiano.
Mas agora com o oscarizado Slumdog Millionaire seu destino é incerto.
Em Trainspotting tem uma cena emblemática com cocô. Ewan McGregor enfia a cabeça dentro de uma privada imunda. Está pirado de heroína. Em Slumdog Millionaire, um dos meninos favelados ( Jamal ) mergulha numa fossa entupida de merda. Está pirado querendo um autógrafo de um ator super famoso de Bollywood que visita o favelão.
Estamos num favelão de um milhão de habitantes em Mumbai. Um milhão de seres humanos no meio de escombros, lixo e casinhas paupérrimas.
Prá quem se irrita com essa exposição de miséria no cinema, desculpe. Mas não posso fazer nada. Mais da metade da humanidade vive nesses lugares infectos e abandonados a própria sorte por culpa da super-população, corrupção, cultura, castas e por assim dizer, destino.
Assim esta escrito ? Hum...sei não.
Quem nasce miserável na Índia permanece lá, na fossa. Menos Jamal empenhado em viver o seu amor por Latika. Corre atrás desse sonho de amor de forma obsessiva e acaba num programa de auditório de perguntas e respostas. Se acertar as questões ficará milionário.
Na verdade, ele não quer ficar milionário, ele quer o amor de Latika. E isso é que é bacana no filme. Ele não trai a sua vontade e não se desvia um milímetro de seu propósito. Jamal é persistente e não quer grana. Quer Latika.
Jamal também tira de letra aquela velha cantilena que é preciso ter faculdade e diplomas para saber das coisas da vida. Ledo engano. Ele vai respondendo as perguntas do apresentador-charlatão com a sua vida de moleque favelado. Ironia do diretor Boyle, nesse roteiro de conto-de -fadas. Muito engraçada a referência a Alexandre Dumas e os 3 Mosqueteiros: Samir, Jamal e Latika.
O fundamental na história é a trajetória dos dois irmãos, duas personalidades diferentes unidos pela miséria. Salim vive aterrorizando o pobre Jamal desde pequeno. É o seu carrasco e salvador. Há cenas emblemáticas que enfatizam o amor e o ódio dos irmãos. Quando ele o salva de um explorador de crianças e quando deixa Latika fugir com seu celular. Samir ama Jamal.
Jamal ama Samir.
O filme corre em três tempos, o programa de televisão, Jamal sendo "torturado" na delegacia sob alegação de fraude. Como um favelado sabe todas as respostas ? E o terceiro tempo, quando Jamal relembra os fatos de sua infância e adolescência. E daí , o diretor Danny Boyle alucina com imagens em tons vibrantes, travellings monumentais e uma camera que não para. Só há uma pausa na piração quando a sequência volta para o programa de televisão. O filme tem uma fotografia belíssima. E claro, é uma grande história de amor, bem ao gosto dos indianos, que possuem uma fábrica de filmes , Bollywood, de onde saem produtos parecidos com essa história encantadora de amor entre Jamal e Latika.
Pode-se compará-lo ao filme Cidade de Deus , mas Slumdog Millionaire é bem diferente. Cidade de Deus era só violento e uma fotografia ampliada do bem-estar social do Brasil. Risos.
Apesar de brutal e violento , Slumdug Millionaire , o filme de Danny Boyle comemora a vida, o amor e falta de interesse pelo dinheiro. Curioso, não ?
É uma ficção, uma novela indiana.
A última cena, na estação reforça e enfatiza isso.
Afinal, o milionário Jamal só quer mesmo a garota de seus sonhos.
Depois de tanta dor e tortura, podemos respirar aliviados.
E até dançar na plataforma de trens.
Sou da turma que adorou o filme. Adoro filmes de amor.
Marcadores: Cinema - A miséria na Índia é igual a miséria em qualquer país de terceiro mundo
A propósito de uma notícia triste que soube hoje e fiquei pensando na viagem de volta de Santos. Por que o amor termina ? Por que começa ?
Em que ponto nos damos conta que vai rolar paixão, tesão e envolvimento
e quando não vai mais ter jeito ?
"E eu me pergunto se viver não será uma espécie de cirandas de sentimentos que se sucedem e se sucedem e deixam sempre sede no fim..." ( Caio Fernando Abreu )
* fotos via sine-qua-non
Marcadores: Separações - Divórcios - Fim de caso - Poesia
* Photo: coleção de fotos de Paris, via Claudecf - Flickr
Marcadores: Poesia urbana - Affffff Declaração de Amor - Fotografia - Paris
Ventilador,calorão e essa canção prá dormir.
Acordei com ela na cabeça e não paro de cantar.
Marcadores: Youtube - Música - Canção para lésbicas sofridas
Era alguma coisa solene, quase ritual. Eu era conduzida por um homem e uma mulher que eu mal vi. Era um sonho da noite anterior, aquele calor que subia do lençól e você querendo tomar banho de cachoeira lá na serrinha de Boiçucanga , mas estava em São Paulo. Sufoco mesmo.
Eu tinha que engolir uma gilette de barba, uma chave daquelas antigas e algum outro treco que não me lembro mais. Sinistro.
Envolvia meu pai e eu estava tirando as algemas, me libertando.
Prá isso tive que me estiletar por dentro -
e sangrei, sangrei por meses
vísceras ensanguentadas até o dia que me cortaram naquele frio
azulejo e máscaras verdes.
Gestação , fluído aminoácido , placenta tudo foi para o lixo.
Não é muito bom perder a sensação de gestar.
Daí , depois do susto acordei e percebi meu coração
aquelas boas artérias cardíacas , terapias e tals -
e outras cositas mais.
Olhei pela janela do hospital, lá no pátio
uma linda espatódia, com aquela cor berrante de laranja.
Deu até vontade de parar na sombra e parei.
Respirei um pouco, tirei o suor do rosto, descansei
e segui.
Não tenho mais medo de cara feia.
* Canaima Falls, Venezuela via pixdaus
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..."andam dizendo que o bem vence o mal
por aqui vou torcendo prá chegar no final
é , quanto mais fé, mais religião
a mão que mata, reza, reza ou mata em vão
me contam coisas como se fossem corpos,
ou realmente são corpos, todas aquelas coisas
deixa prá lá, eu devo tá viajando -
enquanto eu falo besteira, nego vai se matando,
então deixa,deixa..."
* Marcelo D2, Desabafo
No refrão entra uma
música de Ivan Lins e letra de Ronaldo Martins,
com a Cláudia nos vocais.
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O jornal Folha de São Paulo aderiu ao general Pinochet.Virou prá direita bruscamente ,sem dar o sinal de pisca e colidiu com a abominação, tortura e assassinatos.No editorial de 17 de fevereiro, a direção da Folha num texto sobre o regime venezuelano inaugura a expressão "ditabranda" para o regime que imperou no Brasil após 1964.
Folha de São Paulo, meus pêsames. Não dá pra ler essa merda.
Aliás, não dá prá ler mais nenhum jornal e revista do país, tamanha polarização,interesses políticos e jogo de cena.
Parece que 2010 já começou, com uma fúria que insinua que vamos ver sangue no meio do caminho. Já não bastou tantos anos de repressão e crimes.
Eis o texto:
Limites a Chávez
Apesar da vitória eleitoral do caudilho venezuelano, oposição ativa e crise do petróleo vão dificultar perpetuação no poder
O ROLO compressor do bonapartismo chavista destruiu mais um pilar do sistema de pesos e contrapesos que caracteriza a democracia. Na Venezuela, os governantes, a começar do presidente da República, estão autorizados a concorrer a quantas reeleições seguidas desejarem.
Hugo Chávez venceu o referendo de domingo, a segunda tentativa de dinamitar os limites a sua permanência no poder. Como na consulta do final de 2007, a votação de anteontem revelou um país dividido. Desta vez, contudo, a discreta maioria (54,9%) favoreceu o projeto presidencial de aproximar-se do recorde de mando do ditador Fidel Castro.
Outra diferença em relação ao referendo de 2007 é que Chávez, agora vitorioso, não está disposto a reapresentar a consulta popular. Agiria desse modo apenas em caso de nova derrota. Tamanha margem de arbítrio para manipular as regras do jogo é típica de regimes autoritários compelidos a satisfazer o público doméstico, e o externo, com certo nível de competição eleitoral.
Mas, se as chamadas "ditabrandas" -caso do Brasil entre 1964 e 1985- partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou instituíam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça-, o novo autoritarismo latino-americano, inaugurado por Alberto Fujimori no Peru, faz o caminho inverso. O líder eleito mina as instituições e os controles democráticos por dentro, paulatinamente.
Em dez anos de poder, Hugo Chávez submeteu, pouco a pouco, o Legislativo e o Judiciário aos desígnios da Presidência. Fechou o círculo de mando ao impor-se à PDVSA, a gigante estatal do petróleo.
A inabilidade inicial da oposição, que em 2002 patrocinou um golpe de Estado fracassado contra Chávez e depois boicotou eleições, abriu caminho para a marcha autoritária; as receitas extraordinárias do petróleo a impulsionaram. Como num populismo de manual, o dinheiro fluiu copiosamente para as ações sociais do presidente, garantindo-lhe a base de sustentação.
Nada de novo, porém, foi produzido na economia da Venezuela, tampouco na sua teia de instituições políticas; Chávez apenas a fragilizou ao concentrar poder. A política e a economia naquele país continuam simplórias -e expostas às oscilações cíclicas do preço do petróleo.
O parasitismo exercido por Chávez nas finanças do petróleo e do Estado foi tão profundo que a inflação disparou na Venezuela antes mesmo da vertiginosa inversão no preço do combustível. Com a reviravolta na cotação, restam ao governo populista poucos recursos para evitar uma queda sensível e rápida no nível de consumo dos venezuelanos.
Nesse contexto, e diante de uma oposição revigorada e ativa, é provável que o conforto de Hugo Chávez diminua bastante daqui para a frente, a despeito da vitória de domingo.
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* Drive - R.E.M
Smack, crack,bushwhaked,
tie another one to the racks, baby
"...Hey kids, rock and roll,
nobody tells you where to go, baby
What if I ride ? What if you walk?
What if you rock around the clock ?
Tick-tock , Tick-tock.
What if you did ? What if you walk ?
What if you tried to get off, baby ?
Hey, kids, where are you ?
Nobody tells you what to do, baby.
Hey kids , shake a leg
Maybe you're crazy in the head, baby.
Ollie, Ollie
Ollie, Ollie , Ollie
Ollie, Ollie, Ollie , liberte-se querida.
Ollie come free, baby..."
* Ryan McGinley
photo
Dakota Hair, 2004
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Darth Vader não descansou no domingo,
treinou com seu filho, o Vader Filho.
Além das aulas com os sabres de luz -
o paizão tentou engrossar a voz do moleque,
que é em falsete - com gargarejos com colubiazol spray.
Marcadores: Star Wars é o filme mais chato do universo